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China fecha Tibete a turistas por aniversário do Partido Comunista

Celebrações pelo 90º aniversário da fundação do Partido Comunista da China ocorrerão na próxima sexta-feira

Caso gerou protestos no povoado de Ngaba e no mosteiro de Kirti, no leste do Tibete, e motivou a atuação da polícia chinesa, que deteve ou transferiu centenas de monges (ChinaFotoPress/Getty Images)

Caso gerou protestos no povoado de Ngaba e no mosteiro de Kirti, no leste do Tibete, e motivou a atuação da polícia chinesa, que deteve ou transferiu centenas de monges (ChinaFotoPress/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 28 de junho de 2011 às 07h02.

Pequim - A China decidiu vetar a entrada de turistas estrangeiros à região autônoma do Tibete por ocasião das celebrações pelo 90º aniversário da fundação do Partido Comunista da China, que será lembrado na próxima sexta-feira, denunciou nesta terça-feira a ONG "Estudantes por um Tibete livre".

Segundo o Executivo chinês, este fechamento irá durar, pelo menos, até o início de agosto, e acontece para que possam ser realizados os atos comemorativos do aniversário, além de completar as manobras militares destinadas a garantir a segurança na região.

Este anúncio coincide com a inauguração da exposição do 60º aniversário da conhecida pelo gigante asiático como "Libertação pacífica do Tibete" e que mostra as mudanças ocorridas na região desde a entrada chinesa.

Apesar das aparentes bonanças expostas na mostra, o Executivo chinês não permitirá o acesso dos turistas à zona, já que, segundo a ONG, "diariamente há protestos e episódios de desobediência civil pelo descontentamento dos tibetanos".

Estes protestos começaram em março, quando um monge tibetano de 20 anos se imolou em Aba, na província de Sichuan, limítrofe com o Tibete.

O caso gerou protestos no povoado de Ngaba e no mosteiro de Kirti, no leste do Tibete, e motivou a atuação da Polícia chinesa, que deteve ou transferiu centenas de monges, muitos dos quais ainda seguem em paradeiro desconhecido.

As medidas de Pequim teriam o objetivo de evitar protestos como os de março de 2008, quando no aniversário do levantamento fracassado do Tibete (1959) dezenas de monges pediram a libertação de seus companheiros, detidos durante a entrega da medalha de ouro do Congresso americano ao Dalai Lama um ano antes.

Os protestos, além de pedir a libertação dos religiosos, reacenderam a chama do descontentamento pelos fatos de 1950, quando o Exército de Libertação Popular derrotou as tropas tibetanas, levando à assinatura dos chamados "17 pontos sobre a libertação pacífica do Tibete", em 1951.

O Governo tibetano no exílio e o Congresso dos Estados Unidos conhecem a entrada da China como a "Invasão do Tibete".

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