Norte-coreanos em uma manifestação contra os Estados Unidos e a Coreia do Sul em Nampo, na Coreia do Norte (KCNA/Reuters)
Da Redação
Publicado em 3 de abril de 2013 às 08h25.
Um diplomata chinês reuniu-se com os embaixadores dos Estados Unidos e das duas Coreias para expressar "séria preocupação" sobre a situação na península coreana, disse nesta quarta-feira o Ministério das Relações Exteriores da China, após um pico nas tensões na região.
"Ontem à tarde, o vice-ministro das Relações Exteriores, Zhang Yesui, reuniu-se com os embaixadores da Coreia do Norte, Coreia do Sul e Estados Unidos e expressou grave preocupação com a situação atual na península", disse o porta-voz do Ministério das Relação Exteriores chinês Hong Lei a repórteres, em entrevista coletiva.
"Na situação atual, a China acredita que todos os lados devem manter a calma e moderação e não tomar medidas mutuamente provocantes, e certamente não devem tomar ações que agravem a situação", acrescentou.
A Coreia do Norte ameaçou lançar um ataque nuclear contra os Estados Unidos e um ataque com mísseis a bases norte-americanas no Pacífico, após a imposição de novas sanções da ONU em consequência do terceiro teste nuclear norte-coreano em fevereiro.
O país também disse que estava em estado de guerra com a Coreia do Sul.
Nesta quarta-feira, a Coreia do Norte fechou o acesso a uma zona industrial comum, que rende 2 bilhões de dólares por ano para a balança comercial do Estado empobrecido.
A China espera que todos os lados possam resolver essa questão por meio de negociações, disse Hong.
A China está acostumada a conviver com a Coreia do Norte como um vizinho imprevisível, que atua como uma espécie de baluarte contra os Estados Unidos.
Mas a reunião incomum entre os três embaixadores sugere que está crescendo a inquietação da China com a tensão à sua porta.