Presidente chinês, Xi Jinping, está supervisionando uma modernização abrangente das maiores Forças Armadas do mundo (Denis Balibouse/Reuters)
Reuters
Publicado em 10 de março de 2017 às 11h38.
Pequim - A China já colocou em ação uma nova geração de caças furtivos J-20, um avião de guerra com o qual espera diminuir a defasagem militar com os Estados Unidos, e autoridades navais de alta patente disseram que o país está construindo uma Marinha de "primeira classe" e preparando fuzileiros navais.
O presidente chinês, Xi Jinping, está supervisionando uma modernização abrangente das maiores Forças Armadas do mundo, o que inclui mísseis antissatélite e submarinos avançados, com o objetivo de projetar seu poder longe de suas praias.
Em uma reportagem veiculada no final da quinta-feira, o canal militar da televisão estatal confirmou que o J-20 entrou em funcionamento, embora sem dar maiores detalhes.
A aeronave foi mostrada ao público pela primeira vez em novembro, na exibição aérea de Zhuhai, e foi detectada por observadores de aviões chineses inicialmente em 2010.
Mas ainda há quem questione se o novo caça está à altura das propriedades de evasão de radar do caça de combate ar-ar Raptor da Lockheed Martin LMT.N F-22, ou do caça de ataque mais moderno do arsenal norte-americano, o F-35 da Lockheed. O F-22, desenvolvido para a Força Aérea dos EUA, é o mais semelhante ao J-20.
A China exibiu outro caça antirradar que está desenvolvendo, o J-31, no evento de Zhuhai de 2014, uma demonstração de força que coincidiu com uma visita do então presidente dos EUA, Barack Obama, a uma cúpula da Ásia-Pacífico.
Pequim espera que o J-31 compita com o F-35 de fabricação norte-americana no mercado internacional, de acordo com reportagens da mídia estatal.
Outro foco da nação asiática é a Marinha, que ganhou proeminência nos últimos meses graças a um almirante em ascendência em seu comando, à aproximação de seu primeiro porta-aviões da autoadministrada Taiwan e ao envio inesperado de novos navios de guerra a locais distantes.
Como o novo líder dos EUA, Donald Trump, prometeu investir pesado na construção de navios e irritou os chineses com sua abordagem imprevisível em temas polêmicos, como Taiwan e os Mares do Sul e do Leste da China, Pequim está se apressando para encurtar a distância que a separa da Marinha norte-americana.