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China espera manter relações 'pacíficas' com Taiwan

Governante da ilha Partido Kuomitang (KMT) foi derrotado nas eleições desse sábado e provocou a renúncia do primeiro-ministro taiuanês

O presidente de Taiwan Ma Ying-jeou, à direita, durante uma conferência para a imprensa depois do partido Kuomintang (KMT) foi derrotado nas eleições em Taipei, realizadas nesse sábado (29) (REUTERS/Minshen Lin)

O presidente de Taiwan Ma Ying-jeou, à direita, durante uma conferência para a imprensa depois do partido Kuomintang (KMT) foi derrotado nas eleições em Taipei, realizadas nesse sábado (29) (REUTERS/Minshen Lin)

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Da Redação

Publicado em 30 de novembro de 2014 às 08h36.

Pequim .- A China espera que as relações com Taiwan continuem sendo 'pacíficas' após as eleições locais deste sábado na ilha, nas quais o governante Partido Kuomitang (KMT) sofreu uma dura derrota que provocou a renúncia do primeiro-ministro taiuanês.

Assim disse o porta-voz do Escritório para Assuntos de Taiwan do Conselho de Estado chinês Ma Xiaoguang, após conhecer os resultados do pleito, em declarações publicadas pela agência oficial chinesa, 'Xinhua'.

'Esperamos que nossos compatriotas do outro lado do estreito mantenham os frutos duramente trabalhados em nossas relações e que juntos salvaguardemos e continuemos contribuindo para um desenvolvimento pacífico das relações através do estreito', disse Ma.

O KMT, partido no Governo que defende uma aproximação com a China, perdeu este sábado a chefia de nove cidades e distritos de Taiwan, deixando sob o controle do opositor e independentista Partido Democrata Progressista (PDP) os principais núcleos urbanos taiuaneses, incluindo a capital, com a exceção de Novo Taipé.

Para assumir a responsabilidade por esta derrota, o primeiro-ministro taiuanês, Jiang Yi-huah, anunciou sua renúncia pouco após saber dos resultados.

O presidente de Taiwan, Ma Ying-jeou, nomeará nos próximos dias outro primeiro-ministro, que será o encarregado de formar o novo governo, de acordo com a Constituição taiuanesa.

Taiwan e China mantêm intensos laços sociais e econômicos, embora suas relações tenha se esfriado nos últimos meses, e continuam se enfrentando sobre a soberania da ilha, já que Pequim exige a unificação e ameaça usar a força em caso de declaração formal de independência. 

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