Moradores fazem filas para receber alimentos em uma zona de evacuação estabelecida no parque Tundhikel, em Katmandu, Nepal (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 29 de abril de 2015 às 11h08.
Pequim - O governo da China anunciou nesta quarta-feira o envio de uma segunda remessa de ajuda humanitária ao Nepal, no valor de 40 milhões de iuanes (US$ 6,54 milhões), que serão destinados às vítimas do terremoto sofrido pelo país vizinho no sábado.
A ajuda, anunciada pelos ministérios de Relações Exteriores e Comércio do gigante asiático, se somará aos primeiros envios de emergência chineses ao Nepal, avaliados em cerca de 20 milhões de iuanes (US$ 3,27 milhões).
"Nosso principal objetivo é ajudar nos esforços de assistência à catástrofe", ressaltou após anunciar a nova remessa o porta-voz ministerial chinês Hong Lei, que lembrou que seu país também enviou médicos, equipes de resgate e militares para colaborar nas tarefas de salvamento e atendimento às vítimas.
A segunda verba de ajuda inclui equipes de purificação de água, kits de primeiros socorros, cobertores e tendas de campanha, que começaram a ser enviados hoje.
O porta-voz chinês também informou que guardas de fronteiras do país cruzaram a divisa com o Nepal, a pedido do governo do país vizinho, para ajudar na reconstrução de instalações alfandegárias nepalesas destruídas pelo terremoto.
"A China seguirá aumentando a cooperação e a coordenação com a comunidade internacional para contribuir para que o Nepal supere as atuais dificuldades", comentou o porta-voz.
Companhias aéreas chinesas fretaram vários voos nos últimos dias para retirar mais de quatro mil cidadãos do gigante asiático que estavam no Nepal quando ocorreu o terremoto, dos quais mais de 2.700 já estão em território chinês, informou Hong.
O representande do governo acrescentou que entre os chineses que voltaram ao país estão 300 trabalhadores de uma usina hidrelétrica no Nepal.
O terremoto também causou graves danos à região autônoma chinesa do Tibete, onde pelo menos 25 pessoas morreram e 383 ficaram feridas.
O Ministério de Comércio e o de Finanças da China informaram nesta quarta-feira que utilizará parte da reserva de carne que o governo chinês mantém para casos de emergência para garantir o abastecimento dos mercados tibetanos. Serão "liberadas" da reserva estatal 100 toneladas de carne de iaque e de porco, segundo informou a agência oficial "Xinhua".