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China enfrenta revolta popular no vilarejo de Wukan

Cidade voltou-se contra governo após ser anunciada morte de um líder, sob custódia policial, que comandava os protestos contra uma suposta tomada ilegal de terras na região

Relatório da inteligência dos EUA alegou que a China e a Rússia estão utilizando a espionagem cibernética para impulsionar o desenvolvimento de suas economias (Feng Li/Getty Images)

Relatório da inteligência dos EUA alegou que a China e a Rússia estão utilizando a espionagem cibernética para impulsionar o desenvolvimento de suas economias (Feng Li/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 14 de dezembro de 2011 às 21h59.

Pequim - Um vilarejo chinês de 20 mil habitantes no sul da China, Wukan, entrou em revolta aberta contra o governo do país, após ser anunciada morte de um líder, sob custódia policial, que comandava os protestos contra uma suposta tomada ilegal de terras na região, disseram fontes locais.

A polícia deixou o vilarejo de Wukan, na província de Guangdong, e impôs um bloqueio, impedindo a entrada de água e comida na cidade, numa tentativa de esmagar a revolta, disseram moradores ao Wall Street Journal. Os moradores, enquanto isso, montaram suas barricadas e vigiam as entradas do vilarejo para evitar que o governo reassuma o controle da área.

O cerco é um dos vários exemplo de tumultos sociais que acontecem neste ano na China, especialmente em Guangdong, principalmente por causa da apropriação ilegal de terras por funcionários do governo. O governo agora enfrenta a perspectiva de enviar tropas para retomar Wukan, com o consequente derramamento de sangue, ou então negocia com a população local.

A revolta começou em setembro, quando moradores atacaram funcionários públicos em protesto contra supostas tentativas deles tomarem terras dos agricultores e pescadores e venderem as propriedades a construtoras e empresas do mercado imobiliário. As autoridades responderam enviando a tropa de choque, mas mais tarde tentaram negociar pacificamente, pedindo aos moradores que nomeassem 13 representantes para um comitê que discutiria a questão. As negociações fracassaram e na semana passada o governo deteve alguns dos 13 moradores.


Na segunda-feira, o governo anunciou que um dos moradores detidos, Xue Jinbo, de 42 anos, morreu de parada cardíaca no domingo. Os parentes de Xue acreditam que ele foi espancado até a morte na prisão.

A agência estatal de notícias chinesa, Xinhua, divulgou nesta quarta-feira uma matéria com procuradores da província negando que Xue tenha sido morto na prisão.A Xinhua disse que Xue tinha um histórico de asma e problemas cardíacos, e quando se sentiu mal no domingo foi transportado a um hospital, onde morreu.

As informações são da Dow Jones.

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