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Da Redação
Publicado em 20 de junho de 2010 às 11h18.
Pequim - O Banco Popular da China (banco central chinês) emitiu hoje um novo comunicado no qual indica que a flexibilização do iuane, anunciada ontem e aplaudida por Estados Unidos e União Europeia, não acontecerá de um golpe só.
O novo comentário, publicado na site da entidade matiza que a anunciada flexibilização do iuane ou "renminbi" ("moeda do povo") será gradual e que o tipo cambial da moeda "se manterá a um nível razoável e equilibrado".
"Atualmente não existem motivos para permitir maiores oscilações ou mudanças no tipo cambial do renminbi", assinala o comentário em chinês, no qual um porta-voz da entidade bancária acrescenta que o objetivo é "salvaguardar a macroeconomia e a estabilidade financeira".
A declaração foi feita depois que ontem o banco respondeu com um anúncio de flexibilidade às críticas contra sua política cambial perante a próxima cúpula do Grupo dos 20 (G20, países mais desenvolvidos e principais emergentes), para a qual a China tinha descartado tratar um possível encarecimento do iuane que ajude a frear as exportações baratas chinesas.
O anúncio de ontem não indicava literalmente uma valorização do iuane, mas foi interpretado assim pela imprensa e os Governos estrangeiros.
A declaração da autoridade monetária chinesa era muito diferente no tom das recentes expressões de membros do Governo, que negaram repetidamente modificações na política cambial do iuane (moeda não conversível) e se opuseram às pressões internacionais dos países que consideram que a China a mantém artificialmente baixa para favorecer suas exportações.