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China diz ao Reino Unido que ataque químico requer investigação completa

O presidente chinês afirmou que o ataque ocidental na Síria contraria a Carta das Nações Unidas e que dificulta a busca por soluções para o conflito

Síria: ataque ocidental foi uma resposta ao suposto ataque químico realizado pelo regime sírio em Duma (Ammar Abdullah/Reuters)

Síria: ataque ocidental foi uma resposta ao suposto ataque químico realizado pelo regime sírio em Duma (Ammar Abdullah/Reuters)

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EFE

Publicado em 19 de abril de 2018 às 10h03.

Pequim - O presidente da China, Xi Jinping, disse nesta quinta-feira à primeira-ministra britânica, Theresa May, que o ataque com armas químicas na cidade de Duma, na Síria, ao qual Estados Unidos, França e Reino Unido responderam com um bombardeio contra supostas instalações químicas do regime de Bashar al Assad, ainda necessita de "uma investigação completa, justa e objetiva".

Xi e May conversaram por telefone cinco dias depois que o governo chinês rejeitou o ataque conjunto contra a Síria, ao argumentar que o mesmo era contrário à Carta das Nações Unidas, violava o direito internacional e complicava a busca de uma solução para o conflito.

O ataque aéreo coordenado por franceses, britânicos e americanos, realizado em 14 de abril, foi uma represália pelo suposto uso de armas químicas por parte do regime de Bashar al Assad em Douma, que uma semana antes deixou pelo menos 40 mortos e 500 feridos.

Por outro lado, May e Xi concordaram em impulsionar a "era dourada de laços" entre China e Reino Unido e coincidiram no apoio ao livre-comércio e a uma economia mundial aberta frente a tendências protecionistas, informou a agência oficial "Xinhua".

Essas afirmações acontecem em meio a temores de que as medidas tarifárias anunciadas pelos EUA em vários setores, por exemplo contra as importações de aço e alumínio - que poderiam prejudicar tanto produtores chineses como britânicos - desemboquem em uma guerra comercial global, especialmente entre Washington e Pequim.

 

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