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China detecta novo caso de gripe aviária no nordeste

Homem da província chinesa de Shandong foi infectado por uma nova cepa da gripe aviária, no primeiro caso da doença encontrado na região

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 22 de abril de 2013 às 12h50.

Pequim - Um homem da província chinesa de Shandong, no nordeste do país, foi infectado por uma nova cepa da gripe aviária, no primeiro caso da doença encontrado na região, informou a agência de notícias estatal Xinhua nesta segunda-feira, elevando o número total de casos na China para 105.

O vírus H7N9 já matou 20 pessoas na China. Embora não esteja claro como as pessoas estão sendo infectadas, a Organização Mundial da Saúde (OMS) diz que não há nenhuma evidência do cenário mais preocupante, de transmissão sustentada entre pessoas.

Um homem de 36 anos da cidade de Zaozhuang, em Shandong, estava recebendo tratamento em um hospital, e outras duas pessoas foram infectadas na província de Zhejiang, no leste, disse a Xinhua.

Nove pessoas em contato próximo com a vítima de Shandong estavam sob observação, mas não mostraram sinais da infecção, segundo a Xinhua.

Uma equipe internacional de especialistas liderada pela OMS realizou investigações de campo sobre a resposta ao vírus em Xangai, onde muitos casos têm ocorrido, disse Keiji Fukuda, diretor-geral-adjunto da OMS para saúde, segurança e meio ambiente.

"Neste momento estamos no meio do nosso trabalho. Nós não chegamos a qualquer conclusão final, e acho que é muito cedo para dizer", disse Fukuda a jornalistas.

Outras cepas de gripe aviária, como a H5N1, têm circulado por muitos anos e podem ser transmitidas de ave para ave e de aves para humanos, mas geralmente não passam de humano para humano.

Mas Ho Pak-Leung, professor associado do Departamento de Microbiologia da Universidade de Hong Kong, observou no British Medical Journal (BMJ) que nos dois primeiros meses desde que foi detectada, a gripe H7N9 já resultou em quase duas vezes o número de infecções confirmadas na China do que o H5N1 há uma década.

"O H7N9 é muito mais transmissível aos seres humanos, e é muito mais difícil de rastrear", disse ele no BMJ. E acrescentou: "Nós não entendemos por que é tão difícil de encontrar." O representante da OMS na China, Michael O'Leary, divulgou na sexta-feira dados que mostram que metade dos pacientes analisados ​​não teve qualquer contato com aves, a possível fonte mais óbvia da doença, mas ele disse que a transmissão entre humanos aparentemente é rara.

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