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China denuncia entrada ilegal de embarcação militar dos EUA em suas águas

Porta-voz afirmou que o exército chinês cumprirá com seu dever de se defender e de proteger sua soberania e segurança

CHINA E EUA: Forças Armadas da China advertiram nesta terça-feira que suas relações com o Exército dos Estados Unidos foram "severamente prejudicadas" (Jason Lee/Reuters)

CHINA E EUA: Forças Armadas da China advertiram nesta terça-feira que suas relações com o Exército dos Estados Unidos foram "severamente prejudicadas" (Jason Lee/Reuters)

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EFE

Publicado em 2 de outubro de 2018 às 08h54.

Última atualização em 2 de outubro de 2018 às 08h54.

Pequim - As Forças Armadas da China advertiram nesta terça-feira que suas relações com o Exército dos Estados Unidos foram "severamente prejudicadas" após a entrada de uma embarcação de guerra da Marinha americana em águas do Mar do Sul da China.

"O destroier de mísseis teleguiados USS Decatur entrou em águas de ilhas e recifes chineses do Mar do Sul da China no dia 30 de setembro", informou hoje Wu Qian, porta-voz do Ministério Nacional de Defesa, em comunicado.

A nota foi divulgada após o secretário do Departamento de Defesa dos EUA, James Mattis, ter anunciado ontem que cancelou uma viagem que faria à China este mês para abordar assuntos de segurança, devido à crescente tensão entre os dois países, segundo fontes do Pentágono.

Uma embarcação da Marinha chinesa identificou o navio americano e advertiu que deveria deixar essas águas, das quais a China se considera soberana.

"Os EUA enviaram navios de guerra a águas próximas às ilhas e recifes chineses do Mar do Sul de China várias vezes, o que representa uma grave ameaça para a soberania e a segurança da China, prejudicando de forma severa as relações entre os dois Exércitos e minando significativamente a paz e a estabilidade regional", advertiu o comunicado.

Wu reiterou a oposição das Forças Armadas do país em relação a essas ações e destacou que a China "respeita e preserva a liberdade de navegar e sobrevoar o Mar do Sul de China de acordo com a lei internacional", mas que "se opõe firmemente à provocação ilegal em nome dessa liberdade de navegação".

O porta-voz também afirmou que o Exército chinês cumprirá com seu dever de se defender e continuará tomando as medidas necessárias para proteger sua soberania e segurança.

"A China tem soberania indiscutível sobre as ilhas do Mar do Sul da China e suas águas adjacentes. Atualmente, com os esforços conjuntos da China e dos países da Associação de Nações do Sudeste Asiático, a situação no Mar do Sul da China se encaminha para a direção positiva e estável", acrescentou a nota, em alusão às disputas pela soberania desses territórios.

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