O ministro das Relações Exteriores Yang Jiechi: China quer relações mutuamente benéficas (Feng Li/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 8 de abril de 2012 às 10h16.
Pequim - A China está preocupada com o anunciado lançamento de um satélite norte-coreano e espera que todas as partes envolvidas mantenham a calma e continuem o diálogo para solucionar o assunto por vias pacíficas, indicou o ministro das Relações Exteriores chinês, Yang Jiechi, segundo a agência oficial de notícias 'Xinhua'.
Em reuniões bilaterais com seus colegas da Coreia do Sul, Kim Sung-hwan, e do Japão, Koichiro Gemba, na cidade chinesa de Ningbo, Jiechi apresentou seus pontos de vista sobre a atual situação que perturba a tranquilidade da península coreana.
O ministro disse que seu país manterá a comunicação e a coordenação com todos as nações envolvidas, a fim de promover as conversas e o processo de desnuclearização em toda a península, e que representará um papel construtivo de paz e estabilidade na região.
Em sua reunião com Yang, Kim fez uma chamada severa à Coreia do Norte para que desista de sua tentativa de lançar um satélite, o que infringe uma resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas.
Em resposta, Yang disse que Pequim já transmitiu sua preocupação à Coreia do Norte sobre os efeitos negativos que o lançamento poderia trazer, e prometeu tentar persuadir o regime comunista a não efetuá-lo.
Além disso, o ministro chinês acrescentou que Seul e Pequim devem tratar do assunto não só bilateralmente, mas também nas Nações Unidas, enfatizando que ambas as partes devem impedir que a situação vá contra a paz e a estabilidade da península coreana.
Em meados deste mês, Pyongyang anunciou sua intenção de pôr em órbita, entre os dias 12 e 16 de abril, um satélite de observação terrestre mediante um foguete de longo alcance para comemorar o centenário do nascimento do fundador do país, Kim Il-sung.
Embora a Coreia do Norte mantenha que o lançamento tem fins pacíficos e se comprometa a respeitar as normas pertinentes, parte da comunidade internacional pressionou o regime a cancelar seus planos por considerar que a ação encobre um teste de mísseis balísticos de longo alcance. EFE