Porta-voz da chancelaria chinesa, Hong Lei: Hong disse que o comitê olímpico nacional efetivamente enviou congratulações (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 9 de setembro de 2013 às 09h06.
Pequim- Após uma relutância inicial, a China cumprimentou nesta segunda-feira o Japão por ter sido escolhido para sediar a Olimpíada de 2020.
As relações entre as duas maiores economias asiáticas estão abaladas há anos, devido a ressentimentos causados por atrocidades cometidas pelo Japão no período de ocupação da China, entre 1931 e 1945.
Mais recentemente, as relações foram abaladas também pela disputa em torno de ilhotas desabitadas no mar do Leste da China.
"Observamos a decisão do Comitê Olímpico Internacional", disse o porta-voz da chancelaria chinesa, Hong Lei, em sua conversa diária com jornalistas.
Questionado sobre se houve uma mensagem de congratulações, Hong disse que essa era uma pergunta a ser feita ao Comitê Olímpico Chinês.
Em nota divulgada pelo site da chancelaria logo após essa entrevista coletiva, Hong disse que o comitê olímpico nacional efetivamente enviou congratulações. Ele não entrou em detalhes.
Hong disse a jornalistas que a China valoriza suas relações com o Japão, e que cabe a Tóquio abandonar as provocações por causa das ilhas e encarar seu passado belicoso.
"Já dissemos muitas vezes que prestamos muita atenção às relações com o Japão", disse ele. "Ao mesmo tempo, pedimos ao Japão que encare honestamente a história e os fatos." A China realizou com sucesso a Olimpíada de 2008, em Pequim, e Hong disse, adotando um tom ligeiramente mais conciliador, que o país aceitaria partilhar essa experiência com Tóquio, que já recebeu o evento em 1964.
"A China e o Japão são membros importantes da comunidade do Comitê Olímpico Internacional. Estamos dispostos a partilhar com o Japão a experiência de receber a Olimpíada." (Reportagem de Ben Blanchard; Reportagem adicional de Hui Li)