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China critica novas sanções de Obama contra Coreia do Norte

Obama assinou na quinta-feira uma lei que contempla o bloqueio de ativos e a imposição de proibições de viagem


	Coreia do Norte: "A situação na península coreana é complexa e delicada, as partes envolvidas devem atuar com moderação"
 (Reuters/ KCNA)

Coreia do Norte: "A situação na península coreana é complexa e delicada, as partes envolvidas devem atuar com moderação" (Reuters/ KCNA)

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Da Redação

Publicado em 19 de fevereiro de 2016 às 07h47.

Pequim - A China criticou nesta sexta-feira as novas sanções à Coreia do Norte assinadas pelo presidente americano, Barack Obama, já que considera que vão "complicar" as tentativas de pacificar e desnuclearizar a península coreana.

A crítica de Pequim ocorre depois que Obama assinou na quinta-feira uma lei que contempla o bloqueio de ativos e a imposição de proibições de viagem a qualquer que se envolva em transações financeiras que apoiem indústrias norte-coreanas como a nuclear ou armamentista, ou que repercutam de alguma forma em violações aos direitos humanos ou ataques cibernéticos.

"A situação na península coreana é complexa e delicada, as partes envolvidas devem atuar com moderação e não realizar ações que possam aumentar a tensão", lamentou um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Hong Lei, em entrevista coletiva.

Além disso, acrescentou que o problema norte-coreano não pode ser resolvido "fundamentalmente" através de "pressão e sanções", por isso que pediu aos Estados Unidos que realize ações "prudentes" ao invés de "criar problemas".

Estas novas sanções foram ditadas depois que a Coreia do Norte realizou neste mês o lançamento de um foguete espacial, considerado um teste encoberto de um míssil de longo alcance por grande parte da comunidade internacional.

Hong Lei também opinou que as sanções não vão ajudar a resolver o problema nuclear coreano, vão "complicar" os esforços negociadores realizados pela China e demais países envolvidos, e podem acabar sendo só prejudiciais para "terceiras partes" não implicadas diretamente no conflito.

Com estas palavras, o porta-voz falou de forma indireta sobre a possibilidade que estas novas sanções afetem empresas chinesas (Pequim é o principal parceiro econômico da Coreia do Norte) que também têm presença física ou investimentos nos Estados Unidos.

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