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China criará "órgão de segurança nacional" em Hong Kong

A oposição democrática da ex-colônia inglesa considera a lei uma ferramenta para reduzir o os protestos em Hong Kong ao silêncio

Decisão vem após as gigantescas manifestações do ano passado em Hong Kong contra a influência de Pequim (Tyrone Siu/Reuters)

Decisão vem após as gigantescas manifestações do ano passado em Hong Kong contra a influência de Pequim (Tyrone Siu/Reuters)

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AFP

Publicado em 20 de junho de 2020 às 11h15.

A China criará um "órgão de segurança nacional" em Hong Kong, de acordo com o texto de um polêmico projeto de lei preparado pelo Parlamento chinês e divulgado neste sábado pela agência estatal Xinhua.

O texto também prevê que a lei em preparação tenha precedência sobre as leis da ex-colônia britânica, que entrariam em conflito com esta, de acordo com o projeto que o regime comunista planeja impor, apesar dos apelos dos países ocidentais que afirmam temer o fim da autonomia do território.

Após as gigantescas manifestações do ano passado contra a influência de Pequim, o regime do presidente Xi Jinping anunciou no mês passado uma lei de segurança nacional em Hong Kong. A oposição democrática da ex-colônia considera a lei uma ferramenta para reduzir o movimento ao silêncio.

O princípio da lei foi aprovado no fim de maio na sessão plenária anual da Assembleia Nacional Popular (ANP, Parlamento chinês), que solicitou a seu Comitê Permanente a redação de um projeto de lei. E este foi o texto divulgado neste sábado pela Xinhua.

O documento estipula que o chefe do Executivo de Hong Kong criará um órgão de segurança nacional. A atual titular do posto, Carrie Lam, é acusada pelos adversários de ser uma marionete de Pequim. Nenhuma data foi citada para a adoção do texto, mas a Xinhua destacou que o projeto será finalizado "em breve". Em um comunicado, as potências do G7 pediram a Pequim na semana passada que recue no projeto, o que foi rejeitado pelo governo da China.

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