. (Jackal Pan/Getty Images)
Redação Exame
Publicado em 11 de novembro de 2023 às 14h57.
Alguns fabricantes de veículos elétricos e painéis solares da China estão reduzindo os preços e se esforçando mais para adentrar nos mercados internacionais, à medida que enfrentam uma demanda interna enfraquecida. No processo, alimentam novas tensões comerciais, com concorrentes vendo chineses como ameaça aos seus resultados financeiros.
As tensões são mais agudas na Europa, onde os reguladores da União Europeia abriram uma investigação antissubsídios, refletindo a preocupação de que a China esteja inundando a região com veículos elétricos de baixo custo. Pequim afirma que a investigação é um "ato protecionista descarado" que vai perturbar a cadeia global de abastecimento de automóveis.
Já os EUA anunciaram recentemente taxas sobre produtos metálicos de folha de flandres (um tipo de chapa de metal) provenientes da China e de dois outros países, depois de afirmarem que os seus produtores de aço estavam vendendo a preços injustamente baixos.
Além disso, a Índia investiga se a China inundou o país com uma série de produtos, desde químicos a peças de construção civil, a preços injustos. O Vietnã começou a examinar se as torres eólicas importadas da China prejudicaram fabricantes nacionais.
As autoridades chinesas afirmaram que os fabricantes do país estão competindo de forma justa e que os seus produtos estão ganhando participação de mercado no exterior porque são atraentes para os compradores estrangeiros.
Na sexta, 10, o governo do Brasil anunciou a retomada de taxas de importação para veículos elétricos. A cobrança voltará a partir de janeiro e terá ampliação gradual até 2026.
Com Estadão Conteúdo.