Containers no porto de Xangai: volume do comércio exterior chinês retrocedeu 10,8% para US$ 341,3 bilhões (REUTER/Aly Song/Files)
Da Redação
Publicado em 8 de fevereiro de 2015 às 08h35.
Pequim - A China atingiu em janeiro passado um superávit comercial recorde de 366,9 bilhões de iuanes (US$ 60 bilhões), devido sobretudo à forte queda das exportações, segundo anunciou neste domingo a Administração Nacional de Alfândegas.
As importações caíram 19,7% em janeiro em relação ao mesmo mês do ano passado, ao totalizar 860 bilhões de iuanes (US$ 140,5 bilhões).
Também caíram as exportações, embora em menor proporção (3,2%) para 1,23 trilhão de iuanes (US$ 200,780 bilhões).
O volume do comércio exterior chinês retrocedeu 10,8% para 2,09 trilhões de iuanes (US$ 341,3 bilhões).
No entanto, a comparação mês a mês com o exercício passado pode oferecer distorções devido à celebração do Ano Novo chinês (chamado Festival de Primavera neste país), que em 2014 caiu em janeiro com o que promoveu o aumento da atividade econômica.
"O Festival de Primavera tem impacto nos dados de comércio exterior no início de todos os anos", lembrou a Administração de Alfândegas no comunicado no qual divulgou os dados.
Além disso, a queda das importações de janeiro deste ano foi impulsionada pelo forte descenso do volume da cotação de algumas matérias-primas que a China compra em abundância ao exterior, como petróleo e carvão.
Apesar destes fatores, este retrocesso do comércio exterior chinês acontece no meio do contínuo arrefecimento do crescimento da segunda maior economia mundial, cujo PIB cresceu em 2014 7,4% (o menor em 24 anos), enquanto os analistas esperam que em 2015 fique em torno de 7%.