Papel higiênico: em 2014, o Partido Democrático de Hong Kong obteve uma receita bruto de US$ 12.900 pela venda de 4.000 rolos (Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 7 de fevereiro de 2015 às 10h16.
Pequim - A última disputa entre o governo de Pequim a oposição democrática de Hong Kong se refere a papel higiênico e lenços de papel, e pode render um prejuízo financeiro ao Partido Democrático da ex-colônia britânica.
Cerca de 7.600 rolos de papel e 20.000 pacotes de lenços, todos com o rosto impresso do chefe do governo de Hong Kong, Cy Leung Chun-ying, foram confiscados na sexta-feira pelas autoridades chinesas, informou neste sábado o jornal honconguês 'South China Morning Post'.
O confisco aconteceu na fábrica chinesa onde os produtos tinham sido elaborados por incumbência do Partido Democrático de Hong Kong, com o objetivo de vendê-los - como tinham feito no ano passado - durante uma feira da festa de Ano Novo chinês.
Em 2014, esse partido obteve uma receita bruto de US$ 12.900 pela venda de 4.000 rolos. Neste ano, a legenda decidiu aumentar a oferta e encarregou uma quantidade muito maior de produtos à mesma fábrica chinesa.
No entanto, as autoridades entraram na sexta-feira na fábrica, apreenderam a mercadoria e fecharam as instalações, segundo contou ao jornal Kelvin Lai King-wai, um membro do Partido Democrático.
A operação deixou a legenda com a ameaça de prejuízo: pagou US$ 9 mil por dois estandes na feira do Victoria Park e outros US$ 2,6 mil pela mercadoria.
Kelvin Lai considerou que o regime comunista chinês 'aparentemente escalou seus ataques em todas as frentes contra o Partido Democrático após o movimento' de protesto do ano passado a favor de eleições totalmente democráticas em Hong Kong.
Além disso, ele ressaltou que neste ano o partido tinha feito o pedido através de uma pessoa não relacionada com a legenda. Lai acrescentou que a legenda está em contato com um fabricante de Hong Kong para tentar conseguir um novo pedido de última hora, já que a feira começará em uma semana.