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China condena três por atentado na Praça da Paz Celestial

Dos outros cinco acusados, quatro foram condenados a penas de cinco a 20 anos de prisão e o outro à prisão perpétua


	Praça da Paz Celestial: duas pessoas morreram e 40 ficaram feridas
 (Greg Baker/AFP)

Praça da Paz Celestial: duas pessoas morreram e 40 ficaram feridas (Greg Baker/AFP)

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Da Redação

Publicado em 16 de junho de 2014 às 07h46.

Pequim - Três "terroristas", cúmplices dos autores de um atentado suicida ano passado na Praça Tiananmen (Paz Celestial) de Pequim, foram condenados a penas de morte, anunciou a televisão estatal CCTV.

Dos outros cinco acusados, quatro foram condenados a penas de cinco a 20 anos de prisão e o outro à prisão perpétua, segundo a emissora.

O coração da capital chinesa foi cenário em 28 de outubro de 2013 de um atentado cometido, segundo a polícia, por três extremistas da etnia uigur, originários da região de maioria muçulmana de Xinjiang (oeste).

Os três autores do ataque, um homem, sua esposa e a sogra, avançaram com um carro lotado de galões de gasolina contra a entrada da Cidade Proibida, sob o retrato de Mao Tsé-Tung.

Além dos criminosos, duas pessoas morreram e 40 ficaram feridas.

O ataque no centro nervoso do poder foi um golpe para o gigantesco sistema de segurança do Estado chinês.

O processo dos oito réus, rápido e sob fortes medidas de segurança, aconteceu em Urumqi, capital da região autônoma de Xinjiang.

Os três condenados a morte - Husanjan Wuxur, Yusup Umarniyaz e Yusup Ahmat - foram considerados culpados de "organizar e dirigir um grupo terrorista", segundo a agência oficial Xinhua.

Entre os acusados, que apareceram com a cabeça raspada e com uniforme laranja de prisioneiro, estavam duas mulheres. Todos foram identificados com sobrenomes uigures ou de outras minorias de Xinjiang.

Os uigures, muçulmanos de língua turca, são a etnia majoritária em Xinjiang.

A grande região registra há um ano um aumento da violência em consequência da tensão entre os han, a etnia majoritária na China, e os uigures.

Os uigures, entre os quais emergiu uma ala radical, afirmam que são excluídos do forte crescimento econômico propiciado pelos investimentos de Pequim e reprimidos em sua religião e cultura.

Desde o ataque na praça Tiananmen, as autoridades atribuíram aos uigures de Xinjiang outros atentados, incluindo um ataque com facas na estação de trem de Kunming, que deixou 29 mortos e 140 feridos, e outro no mês passado em um mercado de Urumqi, com 39 mortos e 100 feridos.

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