Mundo

China classifica vazamento de 'absurdo' e censura WikiLeaks

Quanto à censura, o governo alegou seguir "práticas internacionais" nas medidas em que aplica na internet

Jiang Yu, da chancelaria: China quer que EUA lidem com WikiLeaks da "forma apropriada" (China Photos/Getty Images)

Jiang Yu, da chancelaria: China quer que EUA lidem com WikiLeaks da "forma apropriada" (China Photos/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 2 de dezembro de 2010 às 07h58.

Pequim - O regime chinês qualificou nesta quinta-feira de "absurdo e ridículo" o vazamento de documentos diplomáticos americanos pelo "Wikileaks" e justificou a censura ao site.

"Quanto aos absurdos e ridículos conteúdos dessa página, não vamos fazer comentários", assinalou em entrevista coletiva a porta-voz da Chancelaria chinesa, Jiang Yu.

O vazamento pôs em evidência a suposta influência da China sobre o regime norte-coreano, o descontentamento de Pequim com o líder desse país, Kim Jong-il, e o desejo de uma Coreia unificada, entre outros temas espinhosos da política regional do gigante asiático.

Quanto à censura aplicada por Pequim a esse conteúdo, a porta-voz assegurou que a "internet é aberta e regida pela lei na China", antes de indicar que "as medidas que aplicamos na internet seguem práticas internacionais".

Questionada se seria melhor que os documentos fossem mantidos em segredo, a porta-voz se limitou a recomendar que os Estados Unidos "manejem esses assuntos de forma apropriada".

A China é o país com o maior número de usuários da internet, com mais de 420 milhões, embora o regime aplique uma ferrenha censura sobre temas considerados delicados, como os direitos humanos, o Nobel da Paz Liu Xiaobo e o Dalai Lama.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaChinaDiplomaciaWikiLeaks

Mais de Mundo

Brasil lançará aliança global contra a fome com ao menos US$ 25 bilhões no início da cúpula do G20

Starship: SpaceX lança foguete nesta segunda; veja como assistir

O que são ATACMS, mísseis dos EUA que podem ser usados ​​contra a Rússia

Deputada russa alerta que decisão de Biden sobre mísseis pode levar à Terceira Guerra Mundial