Armas: o porta-voz reiterou que a China é contra qualquer "interferência externa" em seus assuntos (Ashley Po/Getty Images)
EFE
Publicado em 30 de junho de 2017 às 09h08.
Pequim - A China anunciou nesta sexta-feira que apresentou uma queixa formal aos Estados Unidos após conhecer a decisão de Washington de vender armas a Taiwan pelo valor de US$ 1,4 bilhão.
"Nos opomos firmemente à venda de armas a Taiwan, que viola e ameaça de forma severa a soberania chinesa", disse hoje o porta-voz do Ministério de Relações Exteriores da China, Lu Kang, ao anunciar o protesto formal de Pequim a Washington.
Em uma coletiva de imprensa, Lu qualificou Taiwan como um território "indispensável" para seu país e reiterou que a China é contra qualquer "interferência externa" em seus assuntos internos.
Além disso, o porta-voz governamental exigiu que Washington "corrija sua má conduta" e evite um "dano maior" em suas relações.
Na próxima semana, os presidentes de China e EUA coincidirão na cúpula do G20 em Hamburgo, na Alemanha. Ainda não se sabe se os dois, Xi Jinping e Donald Trump, se reunirão a portas fechadas durante o encontro, que acontece nos próximos dias 7 e 8.
Em Taiwan, a presidente Tsai Ing-wen agradeceu ao governo de Trump o seu "contínuo compromisso", que, segundo ela, "aumenta a confiança e a capacidade de Taiwan para manter o status quo".
"Seguiremos buscando um diálogo construtivo com Pequim (...) e avanços positivos nas relações através do Estreito", acrescentou a governante.
A última venda de armas americanas a Taiwan foi aprovada em dezembro de 2015, por US$ 1,8 bilhão e desencadeou fortes protestos por parte da China.
A venda de armas a Taiwan é regida pela Ata de Relações com Taiwan, promulgada pelo Congresso americano em 1979, e as chamadas "Seis Garantias" enunciadas pelo presidente Ronald Reagan em 1982, com as quais os EUA se comprometeram a fornecer armas defensivas à ilha.