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Deputado pró-Pequim é esfaqueado em Hong Kong

Depois de entregar flores, o agressor pediu para tirar uma foto com Junius Ho, quando tirou a faca do bolso e atacou o deputado

Hong Kong: manifestações contra o governo e a China continuam após meses (Edward Wong/Getty Images)

Hong Kong: manifestações contra o governo e a China continuam após meses (Edward Wong/Getty Images)

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AFP

Publicado em 6 de novembro de 2019 às 11h42.

Última atualização em 6 de novembro de 2019 às 12h09.

Um político de Hong Kong pró-Pequim foi ferido nesta quarta-feira em um ataque com faca, em um omento de intensificação dos atos violentos na ex-colônia britânica, cenário há cinco meses de uma crise política sem precedentes.

Um vídeo publicado na internet mostra o momento em que um homem esfaqueia no peito o deputado Junius Ho durante um ato de campanha eleitoral na circunscrição de Tuen Mun, perto da fronteira com a China.

Depois de entregar flores ao deputado, o agressor pediu que Ho posasse para uma foto, momento em que tirou a faca do bolso e atacou o político.

Ho e sus colaboradores conseguiram imobilizar rapidamente o agressor, que gritava em cantonês: "Junius Ho, você é a escória"

De acordo com a polícia, três pessoas, incluindo o agressor, ficaram feridas no ataque.

Ho, 57 anos, estava consciente quando foi levado de ambulância para um hospital.

Ao lado da chefe do Executivo de Hong Kong, Carrie Lam, e do comandante de polícia Stephen Lo, este advogado e deputado é uma das personalidades mais odiadas pelos manifestantes que protestam contra o governo.

Em julho ele foi filmado apertando as mãos de homens suspeitos de pertencer a grupos que, armados com bastões e cassetetes, agrediram manifestantes na estação de metrô de Yuen Long. Quarenta pessoas foram hospitalizadas.

Depois do ataque com faca, o escritório de Ho e os túmulos de seus pais foram saqueados.

Hong Kong, um território semiautônomo do sul da China, é cenário desde junho de protestos de ativistas que denunciam o que consideram uma interferência crescente de Pequim.

Sem o vislumbre de uma solução política, a divisão ideológica entre os dois lados é cada vez maior e a violência se intensificou nas últimas semanas.

Os partidários de Pequim atacaram opositores do governo, sobretudo oito figuras do movimento pró-democracia.

Em outubro, Jimmy Sham, líder de uma organização que está por trás dos protestos, foi agredido com um martelo.

No domingo, um político pró-democracia teve uma orelha cortada em um ataque.

O campo que defende mais democracia, no entanto, também é responsável por atos violentos. Os manifestantes agrediram recentemente pessoas que não concordavam com suas ideias. No sábado, um homem foi atacado e deixado nu e inconsciente no bairro de Mongkok.

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