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China anuncia projeto de lei que proíbe conteúdos religiosos na internet

Apenas órgãos autorizados poderão continuar a publicar certos conteúdos religiosos, mas dentro de um quadro estritamente definido

China: Nenhuma organização ou indivíduo pode, em qualquer formato, transmitir ao vivo ou on-line atividade religiosa, diz o texto (Fotonen/Thinkstock)

China: Nenhuma organização ou indivíduo pode, em qualquer formato, transmitir ao vivo ou on-line atividade religiosa, diz o texto (Fotonen/Thinkstock)

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AFP

Publicado em 11 de setembro de 2018 às 12h19.

A prática de publicar fotos de batismo, cerimônias budistas ou missas nas redes sociais será banida em breve na China, sob um projeto de lei cujo objetivo é coagir ainda mais as religiões.

Os órgãos devidamente autorizados poderão continuar a publicar certos conteúdos religiosos, mas dentro de um quadro estritamente definido, de acordo com o projeto de lei anunciado nesta segunda-feira pelo Escritório Nacional de Assuntos Religiosos da China.

"Nenhuma organização ou indivíduo pode, em qualquer formato (texto, imagem, som, vídeo, etc.) transmitir ao vivo ou on-line venerações a Buda, queima de incenso, ordenações de monges, leituras de sutras (discursos de Buda ou seus discípulos), serviços religiosos, missas, batismos ou qualquer outra atividade religiosa", diz o texto.

Em caso de violação da lei, as organizações infratoras poderão ser proibidas. Por outro lado, o documento não especifica as possíveis sanções aos indivíduos.

A iniciativa, que visa a promover a "estabilidade social" e lutar contra o "extremismo", foi revelada no momento em que o Partido Comunista Chinês (PCC) está preocupado com um eventual aumento do islamismo radical, particularmente na região de Xinjiang (noroeste), onde metade da população é muçulmana.

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