Número de novos casos em Hubei, na China, diminui ritmo de crescimento (Stringer/Getty Images)
Gabriela Ruic
Publicado em 12 de março de 2020 às 10h16.
Última atualização em 25 de março de 2020 às 10h04.
São Paulo – Em meio ao pânico global causado pela pandemia do novo coronavírus, uma boa notícia veio da China, país onde a doença surgiu em dezembro do ano passado: o país anunciou no dia 12 de março que o pico de casos de COVID-19 já passou.
"Falando em termos gerais, o pico da epidemia passou na China", disse Mi Feng, porta-voz da Comissão Nacional de Saúde. "O aumento de casos novos está caindo".
Zhong Nanshan, o principal assessor médico do governo chinês, disse em uma coletiva de imprensa realizada que, contanto que os países levem os surtos a sério e estejam preparados para adotar medidas firmes, ele pode acabar em todo o mundo em questão de meses.
"Meu conselho é conclamar todos os países a seguirem as instruções da OMS (Organização Mundial da Saúde) e intervir em escala nacional", disse. "Se todos os países se mobilizarem, pode acabar até junho". As informações são da agência Reuters.
Enquanto na China, o número de infectados parece cair, mundo afora o número de casos confirmados do novo coronavírus já passa de 435 mil. Até esta quarta-feira, 25, o monitoramento feito pela Universidade Johns Hopkins mostrava 435.006
casos confirmados da covid-19, como ficou conhecida a doença causada pelo vírus.
A Itália é o segundo país mais afetado pela epidemia, com cerca de 69 mil casos, e os Estados Unidos vêm em terceiro, com mais de 55 mil.
O número é diferente do divulgado pela Organização Mundial da Saúde. De acordo com a entidade, há cerca de 375
mil casos confirmados mundo afora.
O levantamento da OMS também mostra uma ordem diferente no ranking de países com mais casos de coronavírus. De acordo com a organização, o segundo e o terceiro lugar são Itália e Espanha, seguidos do Irã. Os Estados Unidos aparecem apenas em quinto lugar.