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China alerta EUA contra possível visita de presidente de Taiwan

China possuí várias suspeitas quanto a presidente taiuanesa, a quem considera querer buscar a independência formal de Taiwan

Tsai Ing-wen: China disse que as intenções de Tsai eram claras e pediu para que os EUA não a deixassem entrar (Tyrone Siu/Reuters)

Tsai Ing-wen: China disse que as intenções de Tsai eram claras e pediu para que os EUA não a deixassem entrar (Tyrone Siu/Reuters)

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Reuters

Publicado em 29 de dezembro de 2016 às 11h28.

Taipé - A presidente taiuanesa, Tsai Ing-wen, passará pelos Estados Unidos quando visitar a América Latina no mês que vem, informou o Ministério de Relações Exteriores de Taiwan nesta quinta-feira, em um anúncio que irritou a China, que pediu aos EUA que bloqueassem qualquer parada da mandatária no país.

A China possuí várias suspeitas quanto a Tsai, a quem considera querer buscar a independência formal de Taiwan -- uma ilha com governo próprio que Pequim considera província renegada e, assim, inelegível para relações entre Estados.

Detalhes sobre as paradas na viagem de Tsai serão revelados antes do fim desta semana, de acordo com o ministério.

A China disse que as intenções de Tsai eram claras e pediu para que os EUA não a deixassem entrar.

"Esperamos que os EUA possam respeitar a política de 'uma China'... e não permitam que ela adentre sua fronteira, a fim de não dar falsos sinais para forças de independência de Taiwan, e que, através de ações concretas, salvaguarde as relações gerais entre EUA e China, assim como a paz e a estabilidade do estreito de Taiwan", disse Hua Chunying, porta-voz do Ministério de Relações Exteriores da China, em Pequim.

Os detalhes da viagem da presidente de Taiwan estão sendo observados com atenção, após a mídia taiuanesa ter especulado que Tsai buscará se encontrar com o presidente-eleito dos EUA, Donald Trump, antes de ele tomar posse em 20 de janeiro.

Trump irritou a China ao falar com Tsai neste mês por telefone, rompendo décadas de precedentes e lançando dúvidas sobre o compromisso de seu governo com a política de 'uma China' na relação com Pequim.

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