China quer melhorar o modo pelo qual vem atingindo altas taxas de crescimento econômico (China Photos/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 18 de outubro de 2010 às 09h32.
Pequim - Inclusão, sustentabilidade e reestruturação industrial deverão ser algumas das novas palavras de ordem que vão orientar as políticas do governo da China para os próximos cinco anos, período no qual Pequim deverá buscar mais qualidade e menos quantidade em seu crescimento econômico.
O Plano Quinquenal para o período 2011-2015 começou a ser discutido sexta-feira na reunião anual do Comitê Central do Partido Comunista, que termina hoje. O documento dará as linhas gerais para a atuação do governo nesse período, com estabelecimento de prioridades e definição de metas específicas.
A mudança de tom poderá ser dada pela redução do crescimento projetado para o período, que sempre ficou abaixo do efetivamente alcançado. O plano em vigor prevê expansão anual de 7,5%, mas, a partir de 2006, os índices foram de 11,6%, 13%, 9 6% e 9,1%. No primeiro semestre deste ano, a taxa atingiu 11,1%.
A possibilidade de diminuição da meta de crescimento foi mencionada na sexta-feira passada pela agência oficial de notícias Xinhua. A economista-chefe do banco UBS na China, Wang Tao, espera que o documento reduza a estimativa de expansão anual de 7,5% para 7%, mas ressalta que o índice funciona mais como um piso do que como meta a ser perseguida pelo governo.
O novo plano repetirá o objetivo de reestruturação da economia chinesa, com o aumento do consumo doméstico e a redução da dependência de investimentos e exportações.
A contribuição do consumo na formação do Produto Interno Bruto (PIB) diminuiu ano a ano a partir de 2000, enquanto a participação dos investimentos teve um crescimento significativo no período.
Para mudar esse modelo, o governo deverá adotar uma política mais agressiva de aumento da renda das famílias, que começou a ser colocada em prática neste ano com a elevação do salário mínimo e da remuneração de trabalhadores em inúmeras fábricas ao redor do país. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.