Sangue é visto no chão após ataque na estação de trem Kunming, na província de Yannan, China (Reuters)
Da Redação
Publicado em 2 de março de 2014 às 10h56.
Pequim - A China acusou no domingo militantes da região de Xinjiang, no extremo oeste, de envolvimento em um ataque em uma estação de trem do outro lado do país. O incidente, com a participação de "terroristas" armados de facas, deixou 33 mortos, incluindo quatro dos agressores, que foram mortos a tiros.
O ataque, na cidade de Kunming na noite de sábado, marca uma grande escalada nos conflitos latentes em Xinjiang, uma região fortemente muçulmana localizada nas fronteiras da Ásia Central.
É a primeira vez que pessoas de Xinjiang são responsabilizadas pela realização de um ataque em grande escala tão longe de sua terra natal, e ocorre depois de um incidente na Praça da Paz Celestial de Pequim, em outubro, que abalou a liderança comunista do país.
A China reforçou a segurança em Xinjiang após um veículo se chocar com turistas na orla da Praça da Paz Celestial, matando três pessoas no carro e dois espectadores. A China classificou o incidente como um ataque suicida por militantes de Xinjiang.
Xinjiang é um reduto do povo muçulmano Uigur, muitos dos quais se irritam com as restrições chinesas em relação à sua cultura e religião.
A agência de notícias estatal Xinhua disse que o ataque na estação de trem, em que mais de 130 também ficaram feridos, foi "um violento ataque terrorista, organizado e premeditado".
"As evidências na cena do crime mostram que o ataque terrorista na Estação Ferroviária Kunming foi realizado por forças separatistas de Xinjiang", informou a agência, citando o governo Kunming .
A Polícia matou quatro dos atacantes a tiros e deteve um, segundo a Xinhua, enquanto cerca de outros cinco fugiram.