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Chilenos aproveitam incidência solar do Atacama para sistema de irrigação

Empresa pretende construir uma planta de energia solar de 300 quilowatts/hora

O Atacama é considerado o lugar onde se tem a maior radiação solar do planeta (Wikimedia Commons)

O Atacama é considerado o lugar onde se tem a maior radiação solar do planeta (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 19 de dezembro de 2011 às 13h25.

São Paulo - A empresa chilena Subsole investirá na produção sustentável aproveitando o forte sol do deserto do Atacama, norte do país. A pretensão é construir uma planta de energia solar de 300 quilowatts/hora no vale para abastecer seus sistemas de irrigação.

A Subsole é uma das principais exportadoras nacionais de frutas de mesa e agora planeja um crescimento de 60% na produção, em até quatro anos. Para isso, conseguiu empréstimos de US$ 32 milhões e assistência técnica do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). A ideia é expandir a produção principalmente no vale do Copiapó, local cercado pelo deserto.

O Atacama é considerado o lugar onde se tem a maior radiação solar do planeta. Logo, o empreendimento tem grandes chances de prosperar. A planta fotovoltaica é a primeira na história que se tem notícia. Uma iniciativa que combina prática e desenvolvimento sustentável em que tanto a indústria quanto o meio ambiente saem ganhando.

“A planta solar nos permitirá reduzir as emissões de carbono e ao mesmo tempo, assegurar custos estáveis de energia e maior eficiência energética”, afirmou o presidente de Subsole, Miguel Allamand, e fundador da empresa que tem sede em Santiago.

Com este projeto, a companhia melhorará todo o ciclo de abastecimento. Permitirá inclusive fornecer água proveniente de aquíferos subterrâneos a um baixo custo e de maneira sustentável em um lugar em que a eletricidade é escassa. Segundo o chefe da equipe de projeto do Departamento de Financiamento Estruturado e Corporativo do BID, Paola Bazan, mais de dez mil postos de trabalho diretos e indiretos serão gerados.

A Subsole aposta em um modelo de negócio inclusivo em que os benefícios do desenvolvimento da companhia são divididos entre os produtores agrícolas.

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