O ingresso de turistas estrangeiros no país, por ora, está restrito ao aeroporto internacional de Santiago, principal porta de entrada ao país andino (Jorisvo/Thinkstock)
Leo Branco
Publicado em 23 de novembro de 2020 às 06h00.
Última atualização em 23 de novembro de 2020 às 18h18.
Em meio ao aumento de casos de coronavírus mundo afora, o governo do Chile levanta as restrições para entrada de estrangeiros no país a partir desta segunda-feira, 23, numa tentativa de reativar o turismo por lá.
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A retomada do turismo internacional terá protocolos rígidos de segurança. Antes de embarcar, os viajantes vão precisar preencher formulários com informações sobre a condição de saúde e o destino no Chile. Além disso, deverão mostrar um teste negativo para covid-19 feito até 14 dias antes da viagem. Por fim, deverão ter um seguro saúde com cobertura para o tratamento de casos graves da covid-19.
O ingresso de turistas estrangeiros no país, por ora, está restrito ao aeroporto internacional de Santiago, principal porta de entrada ao país andino. Dentro do país, os turistas estrangeiros terão dificuldades para grandes deslocamentos. As viagens entre as regiões chilenas (divisão administrativa equivalente aos estados brasileiros) requerem um "passaporte sanitário" voltado, em grande medida, a viajantes por motivos profissionais.
Antes da pandemia, Santiago do Chile estava entre os destinos turísticos prediletos dos brasileiros no exterior. A capital chilena foi a terceira cidade mais procurada por brasileiros no buscador online de passagens aéreas Voopter, no primeiro semestre de 2019, atrás de Lisboa e Miami – dois destinos vedados ao turista brasileiro em função do avanço da covid-19 por aqui.
O anúncio do governo chileno vem três semanas após a vizinha Argentina reabrir as fronteiras ao turismo internacional, inclusive do Brasil. Desde o dia 1º de novembro os brasileiros podem viajar ao país. Por ora, o único acesso ao país é pelo aeroporto de Ezeiza, na Grande Buenos Aires. A recomendação das autoridades argentinas ao viajante estrangeiro é ficar apenas na capital portenha – e, assim, minimizar o risco de levar o vírus ao interior do país.
Enquanto países na América do Sul abrem fronteiras, o Brasil vem endurecendo o controle alfandegário meses depois de adotar uma das quarentenas mais flexíveis da região. Em julho, o governo brasileiro anunciou a reabertura das fronteiras aéreas a estrangeiros.
No último dia 12, contudo, o governo brasileiro decidiu restringir a entrada de estrangeiros por rodovias e pelo transporte aquaviário por um prazo de 30 dias. Por ora, a entrada pelos aeroportos segue liberada.
A decisão do governo brasileiro vem na esteira do aumento de contaminações pela covid-19 em diversos estados nas últimas semanas, o que vem motivando debate sobre uma segunda onda da pandemia no país.