Piñera: a operação aconteceu em 2010, quando Piñera estava em sue primeiro mandato como presidente (Bloomberg/Bloomberg)
AFP
Publicado em 6 de junho de 2021 às 19h18.
O presidente do Chile, Sebastián Piñera, promulgou neste domingo (6) uma lei que cria a Renda Familiar de Emergência Universal (IFE), destinada a mais de 15,1 milhões de pessoas afetadas pela crise covid-19.
O IFE Universal, que será entregue a mais de 15,1 dos 19 milhões de habitantes do país, inclui ajuda cujo valor varia de acordo com o número de membros da família.
Indivíduos receberão 177.000 pesos (cerca de US$ 246), um valor que aumentará a cada dependente, explicou Piñera após promulgar a lei.
“Somos atingidos por esta pandemia de coronavírus há mais de 15 meses. As famílias chilenas estão cansadas, estão muito cansadas desta pandemia e precisam do apoio, da ajuda, do alívio que o Estado pode dar”, declarou o presidente, que na terça-feira passada, quando prestava contas ao Congresso, se desculpou por não ter agido mais rápido para ajudar a população financeiramente.
O novo título amplia os valores do IFE entregues pelo governo desde maio de 2020 (dois meses após o primeiro caso de covid-19 ao Chile). No mês passado a ajuda chegou a 143 dólares e beneficiou mais de 12,6 milhões de pessoas.
O IFE tem sido criticado por seus requisitos e condições e classificado como insuficiente e atrasado.
A nova ajuda vai atingir 100% das famílias mais vulneráveis inscritas no Cadastro Social de Domicílios (RSH) e extingue as condições anteriormente solicitadas.
O investimento fiscal estimado é de cerca de 3 bilhões de dólares por mês, totalizando um custo estimado de 10,342 bilhões entre junho e setembro.
O IFE Universal será pago nos meses de junho, julho e agosto, enquanto em setembro, os beneficiários receberão 50% do valor.
A ajuda será entregue a partir de 29 de junho e quem já recebeu o IFE terá acesso ao valor. Quem não recebeu deve solicitá-la ao governo.
O IFE Universal faz parte de um pacote de medidas acordado entre Piñera e os partidos políticos do governo e da oposição.
O anúncio desta nova ajuda surge em meio a uma pandemia que não regride no Chile, com um sistema de saúde que colapsou devido ao aumento das infecções, que já ultrapassam 1,4 milhão, enquanto o número total de mortes ronda os 30.000.