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Chile tem noite violenta e entra no segundo dia de paralisação

Segundo balanço do governo, 42 policiais ficaram feridos e 108 pessoas foram detidas em todo o país

Demandas dos manifestantes vão de reformas na Constituição a redução de impostos
 (Martin Bernetti/AFP)

Demandas dos manifestantes vão de reformas na Constituição a redução de impostos (Martin Bernetti/AFP)

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Da Redação

Publicado em 25 de agosto de 2011 às 12h16.

Santiago - Confrontos e saques foram registrados na madrugada desta quinta-feira em vários pontos de Santiago, com um balanço de 42 policiais feridos - seis a tiros - e 108 detidos em todo o país durante o dia, enquanto eram instaladas novas barricadas no segundo dia de uma paralisação nacional de 48 horas convocada pela maior central sindical do país.

A manifestação foi convocada pela Central Unitária de Trabalhadores (CUT), sindicato que reúne quase 10% da força de trabalho, que exige uma série de mudanças e abala a imagem do presidente de direita Sebastián Piñera, há 17 meses no poder.

Os organizadores do protesto exigem desde a reforma da Constituição e uma mudança no Código de Trabalho até a redução dos impostos sobre os combustíveis.

Os enfrentamentos prosseguiram durante toda a noite em áreas periféricas, onde manifestantes atacaram a polícia com pedras, pedaços de paus e tiros.

O subsecretário do Interior, Rodrigo Ubilla, afirmou que das 108 pessoas detidas, 71 delas foram presas em Santiago.

"O balanço não é positivo. É um balanço de violência, onde grupos tentaram realmente afetar a ordem pública", destacou o subsecretário.

Nesta quinta-feira, novas barricadas foram instaladas em vários pontos de Santiago e impediram, assim como na véspera, os deslocamentos de vários trabalhadores no horário de rush, mas de acordo com Ubilla os trens e ônibus funcionavam com relativa normalidade.

Na quarta-feira, a mobilização convocada pela CUT paralisou parte do Chile, com um saldo de 348 detidos e 36 feridos em distúrbios em todo o país.

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