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Chile soma mais de 2 mil denúncias de violações dos direitos em protestos

Das mais de 2,3 mil queixas apresentadas, 72 acusam as forças de segurança de tortura

Chile: Desde o início dos protestos contra o governo Piñera em outubro, 20 pessoas já morreram (Jorge Silva/Reuters)

Chile: Desde o início dos protestos contra o governo Piñera em outubro, 20 pessoas já morreram (Jorge Silva/Reuters)

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EFE

Publicado em 7 de novembro de 2019 às 17h53.

Santiago — O Instituto Nacional de Direitos Humanos (INDH) informou que recebeu cerca de 2.300 denúncias de violações dos direitos humanos desde o início dos protestos - no dia 18 de outubro - que já provocaram 20 mortes, seis delas de estrangeiros.

Os dados, coletados pela sede regional metropolitana do INDH (órgão público independente que monitora os protestos), foram divulgados nesta quinta-feira, o 21º dia consecutivo de manifestações no país.

De acordo com o instituto, a maioria das denúncias apontam para a "ação infratora" dos carabineiros chilenos durante as três semanas de manifestações, e também de membros das Forças Armadas durante os estados de emergência previamente decretados pelo presidente, Sebastián Piñera.

Das mais de 2.000 queixas apresentadas, 72 acusam as forças de segurança de "tortura", incluindo as de natureza sexual. Nesta quarta-feira, 14 agentes carabineiros foram intimados por dois casos de tortura, um deles contra um menor, cometido em 21 de outubro durante protestos em várias cidades chilenas.

Outras denúncias são baseadas em "ações por homicídio frustrado e por lesões de vários tipos, entre outros crimes", disse o instituto.

Os violentos protestos e manifestações no Chile já deixaram milhares de detidos e feridos em 21 dias. A ONU decidiu enviar uma equipe de observadores para documentar possíveis violações dos direitos humanos.

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