Estoques de gás: reajuste de 16,8% no Chile será reduzido para 3% (stock.XCHNG)
Da Redação
Publicado em 19 de janeiro de 2011 às 09h04.
Brasília - Integrantes do governo do Chile e da Assembleia de Magalhanes – cidade onde houve a concentração de protestos no Sul do país – chegaram a um acordo ontem (18) encerrando mais uma semana de protestos. As manifestações foram geradas pelo aumento do valor do preço do gás. Pelo acordo, o governo aceita reduzir o reajuste e conceder novos subsídios para os moradores em situações específicas.
A onda de manifestações isolou cerca de 2 mil turistas na região incluindo um grupo de cerca de 150 brasileiros. Os protestos impediram a entrada e saída de veículos na região da Terra do Fogo. Autoridades e especialistas advertiram para o risco de desabastecimento de produtos básicos.
Porém, depois de dias de negociações houve um acordo. Pela proposta, o reajuste de 16,8% será reduzido para 3%. Também serão concedidos 15 mil novos subsídios para as famílias de baixa renda. Atualmente há a concessão de 3 mil subsídios. A concessão de subsídios para os moradores da região se baseia no fato de a área registrar baixíssimas temperaturas, assim como o solo é considerado inadequado para várias culturas.
O ministro de Energia e Mineração, Laurence Golborne, comemorou o fim dos protestos. "A situação foi superada pelo espírito de todas as pessoas envolvidas nas negociações”, disse ele, que no dia anterior havia sofrido agressões dos manifestantes.
O presidente do Chile, Sebastián Piñera, também elogiou o acordo. Piñera ressaltou que o acordo foi alcançado "à luz de dois princípios fundamentais”. Segundo ele, estes princípios se baseiam na busca por solução de problemas e o respeito à ordem pública e à segurança pública.
Ainda hoje Piñera promete referendar oficialmente o acordo, firmado ontem pelo ministro de Energia e pelos representantes da Assembleia de Magallanes.