Centro de Santiago: Chile é o país da América Latina que obteve o maior número de vacinas em relação ao total da população. (Ivan Alvarado/Reuters)
Fabiane Stefano
Publicado em 23 de dezembro de 2020 às 06h30.
O governo do Chile encomendou o dobro das doses necessárias para vacinar a população de 18 milhões, mas negocia para conseguir mais vacinas caso esses contratos não sejam cumpridos, disse o responsável por um dos órgãos do governo encarregados de fechar esses contratos.
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O país encomendou 36 milhões de doses de vacinas até agora, incluindo 10 milhões da Pfizer-BioNTech e 10 milhões da Sinovac, 4 milhões da AstraZeneca-Oxford e 4 milhões da Johnson & Johnson, disse Rodrigo Yáñez, subsecretário de Relações Econômicas Internacionais, em entrevista. O governo também tem quase 8 milhões de doses por meio do programa global de fornecimento de vacinas Covax.
No entanto, as negociações para o fornecimento de mais doses continuam, disse Yáñez. “Buscamos um plano B com outros laboratórios, caso os que temos venham a falhar.” Ele chamou o Chile de “exemplo” para o mundo na diversificação de fontes de vacinas e disse que sua equipe conversa com a Moderna e Novavax e tenta contato com a Rússia para a vacina Sputnik 5.
O Chile é o país da América Latina que obteve o maior número de vacinas em relação ao total da população. Assim que a pandemia foi declarada, o departamento de Yáñez recebeu a missão do governo do presidente Sebastián Piñera de entrar em contato com laboratórios, mesmo com aqueles que estavam nos estágios iniciais de desenvolvimento de vacinas.
Economistas contam com a distribuição para permitir que o país se recupere da retração econômica neste ano. O banco central prevê crescimento de até 5,5% em 2021. Cerca de US$ 200 milhões do orçamento fiscal do próximo ano serão gastos na compra de vacinas.
O Chile deve iniciar neste mês a vacinação de profissionais de saúde da linha de frente com a vacina da Pfizer, disse Piñera em 16 de dezembro.