Chile lidera campanha de vacinação na América Latina (MARTIN BERNETTI/AFP)
Reuters
Publicado em 6 de agosto de 2021 às 10h30.
Última atualização em 6 de agosto de 2021 às 22h02.
O Chile começará a administrar doses de reforço a pessoas já inoculadas com a CoronaVac, informou o presidente Sebastián Piñera nesta quinta-feira, já que estudos mostraram que as duas doses iniciais perdem parte da eficácia depois de alguns meses.
O Chile lançou uma das campanhas de inoculação em massa contra Covid-19 mais rápidas do mundo em fevereiro, e já vacinou totalmente mais de 60% de sua população, a maior parte com a CoronaVac, do laboratório chinês Sinovac.
"Decidimos iniciar um reforço da vacinação daqueles que já receberam as duas doses da vacina Sinovac", disse Piñera em um pronunciamento televisionado.
O país começará a administrar uma dose adicional da vacina da Astrazeneca no dia 11 de agosto, iniciando com cidadãos de mais de 55 anos que receberam suas doses antes de 31 de março.
O Chile se junta a Estados Unidos, Alemanha e França, desconsiderando um apelo da Organização Mundial da Saúde (OMS) para que não se administrem vacinas de reforço até mais pessoas de todo o mundo serem vacinadas.
A subsecretária de Saúde chilena, Paula Daza, disse que estudos domésticos e internacionais sugerem que as doses de reforço ajudariam a reforçar a imunidade, mas que o Chile já doou vacinas a seus vizinhos e continuará a auxiliar conforme for necessário.
"Estamos sempre analisando as recomendações, e obviamente a possibilidade de cooperar com outros países latino-americanos", disse ela.
O número de chilenos mortos pela pandemia está em 35.806, e houve cerca de 1,6 milhão de casos confirmados no total até agora.
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