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Chevron não discute medidas da ANP e diz ser paciente

O vazamento de petróleo no campo de Frade ocorreu quando a Chevron perfurava um novo poço cerca de 200 metros distante do local padrão da companhia

O presidente da Chevron Brasil, George Buck (Divulgação)

O presidente da Chevron Brasil, George Buck (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 24 de novembro de 2011 às 15h53.

Brasília - A petroleira norte-americana Chevron evitou questionar as medidas restritivas às suas operações no Brasil anunciadas pelo governo na quarta-feira e afirmou que pretendia mesmo dar uma pausa em suas atividades até entender melhor a geologia das áreas onde atua.

O presidente da Chevron para a região de América Latina e África, Ali Moshiri, encontrou-se nesta quinta-feira com o ministro de Minas e Energia brasileiro, Edison Lobão, e disse que a empresa será "paciente" sobre o processo que apura o vazamento de óleo no campo de Frade, que opera na bacia de Campos.

"Não estamos planejando retomar as perfurações até que possamos entender completamente a situação", afirmou Moshiri a jornalistas ao chegar ao ministério para reunião com Lobão.

Segundo ele, a empresa já havia se preparado para interromper os trabalhos na área.

Questionado também sobre a negativa da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) sobre pedido para explorar o pré-sal, ele afirmou: "vamos esperar, somos pacientes".

O vazamento de petróleo no campo de Frade ocorreu quando a Chevron perfurava um novo poço cerca de 200 metros distante do local onde a empresa já produz aproximadamente 75 mil barris de petróleo por dia.


Segundo a companhia, uma pressão inesperada de petróleo no poço em perfuração fez com que o óleo vazasse e se infiltrasse em rachaduras na rocha marinha. Esse petróleo, posteriormente, conseguiu chegar à água por meio de outras fraturas na rocha.

A empresa calcula que vazaram cerca de 2,5 mil barris de petróleo para o mar, causando as manchas que foram vistas na região. Outras entidades, como a Secretaria de Meio Ambiente do Rio de Janeiro, estimam vazamento maior, de aproximadamente 15 mil barris.

Na quarta-feira, a ANP suspendeu todas as atividades de exploração da empresa no Brasil e rejeitou pedido da Chevron para buscar reservatórios no pré-sal de Frade.

Segundo o executivo da empresa, a decisão da ANP vai permitir que eles estudem mais a geologia da região, buscando maior conhecimento.

A Chevron iniciou produção em sua plataforma tipo FPSO no campo de Frade em 2009.

Frade é o único local onde a Chevron é operadora. Ela possui participações em outra área, Papa-Terra e Maromba, também em Campos, e vendeu uma fatia de 20 por cento que detinha na bacia de Santos, no bloco BS-4.

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