Trabalho: a criação de empregos foi notada especialmente nos setores de ensino de idiomas, vigilância, assistência social, tradução, administrativo e construção (Mohamed Abd El Ghany / Reuters)
Da Redação
Publicado em 25 de abril de 2016 às 11h01.
Berlim - A recepção de refugiados gerou entre agosto de 2015 e fevereiro de 2016 milhares de postos de trabalho na Alemanha, conforme um estudo do Instituto de Pesquisas sobre o Mercado de Trabalho (IAB), divulgado nesta segunda-feira pela Agência Federal de Emprego.
A criação de empregos foi notada especialmente nos setores de ensino de idiomas, vigilância, assistência social, tradução, administrativo e construção.
O estudo se baseia no período nos quais se produziram os maiores picos quanto a chegada de refugiados ao país.
Calcula-se que no ano passado, a Alemanha tenha recebido 1,1 milhão de pedidos de asilo, número ainda estimado, já que entre estas solicitações pode ter uma grande quantidade de duplicidades.
Trata-se do maior número de migrantes que chegou à Alemanha desde o final da Segunda Guerra Mundial e comportou, além de fortes tensões políticas e sociais, grandes desafios logísticos.
De acordo com o estudo do IAB, isso derivou em uma incomum demanda de trabalhadores nos setores mencionados, situação que persiste, apesar de nos últimos meses ter diminuído notavelmente a chegada de novos refugiados.
O estudo se baseia em dados provisórios, assim como os correspondentes aos solicitantes de asilo que efetivamente chegaram ao país e permanecem nele.
O instituto adverte, no entanto, que não pode estabelecer ainda quantos desses postos de trabalho são realmente novos, já que parte da base que em muitos casos se trata de empregos que já existiam em outros âmbitos e que se deslocaram a estas tarefas.