O avião era um Airbus A-321, da companhia russa MetroJet (Kogalymavia) (REUTERS/Stringer)
Da Redação
Publicado em 3 de novembro de 2015 às 05h45.
Moscou - Um segundo avião com restos mortais e pertences das vítimas da catástrofe aérea ocorrida no último sábado na península do Sinai, no Egito, chegou nesta terça-feira ao aeroporto de Pulkovo, em São Petersburgo, no noroeste da Rússia, informaram fontes oficiais.
A aeronave, um Il-76 pertencente ao Ministério da Rússia para Situações de Emergência, transportou restos mortais, documentos e objetos pessoais das vítimas que serão entregues aos órgãos competentes para sua perícia e identificação.
Ontem, outro avião desse mesmo Ministério levou a São Petersburgo mais de 130 corpos e mais 40 fragmentos de corpos, segundo o Comitê de Instrução da Rússia.
O avião acidentado, um Airbus A-321 da companhia russa MetroJet (Kogalymavia) que fazia a rota entre o balneário egípcio de Sharm el-Sheikh e São Petersburgo, se desintegrou no ar 23 minutos após decolar, o que causou a morte de seus 224 ocupantes.
Os diretores de MetroJet, que garantiram que o avião de passageiros se encontrava em perfeitas condições técnicas, assinalaram a possibilidade de uma "ação mecânica exterior" como causa do acidente.
As autoridades de aviação civil da Rússia, por sua vez, pediram que não se especule sobre as possíveis causas da tragédia aérea e que se espere pelos resultados das investigações.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, exigiu ontem "que se faça tudo" para esclarecer as causas da catástrofe, a maior na história da aviação russa e soviética.
"Sem dúvida, é preciso fazer tudo para termos um quadro objetivo do ocorrido, para que saibamos o que aconteceu para reagir de maneira adequada", disse o chefe do Kremlin em reunião com o ministro de Transporte da Rússia, Maxim Sokolov, que lhe informou sobre o andamento dos trabalhos no local do acidente.