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Chega a 14 o número de mortos em bombardeio contra as Farc

A Polícia Nacional e da Força Aérea Colombiana bombardearam um acampamento das Farc, no qual sobreviveram apenas dois guerrilheiros


	Soldados colombianos durante operação contra as Farc: a operação "Fortuna" até o momento permitiu o confisco de 13 fuzis, 5 AK-47, 4 M-16, 4 M-4 e duas escopetas de calibre 16
 (Luis Robayo/AFP)

Soldados colombianos durante operação contra as Farc: a operação "Fortuna" até o momento permitiu o confisco de 13 fuzis, 5 AK-47, 4 M-16, 4 M-4 e duas escopetas de calibre 16 (Luis Robayo/AFP)

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Da Redação

Publicado em 2 de janeiro de 2013 às 14h17.

Bogotá - O número de guerrilheiros mortos em um bombardeio da Polícia Nacional e da Força Aérea Colombiana (FAC) contra um acampamento das Farc subiu de 13 para 14, segundo informações oficiais.

O diretor da Polícia Nacional, o general José Roberto León, informou nesta quarta-feira em entrevista coletiva que na operação "Fortuna", desdobrada desde a madrugada do dia 31 de dezembro em uma zona rural do município de Mutatá, no departamento de Antioquia (noroeste), sobreviveram apenas dois guerrilheiros.

Entre eles se encontra a segunda do comando da frente 5 das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), María Elda Ramírez, conhecido como "Mayerly", a quem é atribuído o controle da produção e comercialização de 50% da cocaína que sai da zona, assim como diversos atentados e sequestros.

A polícia interceptou uma conversa entre esta guerrilheira e outro sujeito na qual relata que após o bombardeio, está "mal" e que se encontra ferida, acompanhada apenas por uma pessoa no acampamento.

"Mayerly" acrescentou que "não há por onde" sair da zona e que aguardava que alguém fosse resgatá-la. "Somos apenas dois vivos, o resto estão todos mortos", disse.

Segundo a polícia, esta guerrilheira manejava as finanças e parte da inteligência da frente 5 nos municípios de Apartadó, Chigorodó e Mutatá, que integravam cerca de 20 insurgentes, incluindo seu companheiro sentimental conhecido como "El Coste".

Além disso, teve responsabilidade na ativação de uma bomba que em 28 de março de 2009 que deixou 15 pessoas feridas em Apartadó, além de ser responsável pelo ataque de El Porroso, onde em 2005 causou a morte de 19 soldados e deixou outros cinco feridos.


Em 2002, segundo a instituição, foi responsável por um sequestro múltiplo de oito pessoas entre os municípios de Chigorodó e Mutatá.

A frente 5 das Farc atua em povos que fazem parte do Golfo de Urabá; um importante corredor da droga no norte do país, por conta de seu acesso ao oceano Atlântico e sua proximidade com o Panamá.

A operação "Fortuna" segue em fase de "consolidação", mas até o momento permitiu o confisco de 13 fuzis, 5 AK-47, 4 M-16, 4 M-4 e duas escopetas de calibre 16, assim como elementos logísticos, alimentos e documentação de interesse para a inteligência policial.

As Farc e o governo do presidente Juan Manuel Santos abriram em 2012 um processo de paz que já completou dois ciclos de conversas e que será retomado em Havana, sede do diálogo, no próximo dia 14 de janeiro.

Durante estas negociações, ficou estabelecido que as partes só declararão um cessar-fogo bilateral quando forem alcançados acordos conclusivos do conflito, por isso que a polícia continua desenvolvendo seus operações no território colombiano.

No entanto, as Farc declararam uma trégua unilateral para a temporada natalina entre 20 de novembro e 20 de janeiro, que segundo o Centro de Recursos para a Análise de Conflitos (CERAC) foi violada 13 vezes.

De fato, apenas minutos antes da meia-noite de 31 de dezembro de 2012, foi registrado um ataque com explosivos contra uma estação policial em Guapi, povoamente do departamento do Cauca no Pacífico colombiano, que as autoridades atribuem às Farc. 

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