Gaza: 31 manifestantes palestinos morreram desde 30 de março em protestos na região (Mohammed Salem/Reuters)
AFP
Publicado em 9 de abril de 2018 às 22h24.
Última atualização em 9 de abril de 2018 às 23h33.
O chefe do movimento islamita Hamas, Ismail Haniyeh, pediu nesta segunda-feira (9) que as manifestações continuem na fronteira entre Israel e a Faixa de Gaza, onde 31 palestinos morreram por disparos de soldados israelenses desde o final de março.
Em um discurso pronunciado em um acampamento perto da fronteira, Ismail Haniyeh afirmou que essas manifestações constituem "uma nova fase de resistência pacífica".
Desde o dia 30 de março dezenas de milhares de palestinos protestaram duas vezes perto da fronteira lançando pedras e queimando pneus em frente aos soldados israelenses que dispararam, matando 31 manifestantes e ferindo centenas de pessoas.
"Gaza entrou em uma nova fase de resistência pacífica e popular durante essas marchas", proclamou o chefe do Hamas, movimento que controla a Faixa de Gaza.
O movimento de protesto lançado no dia 30 de março chamado "marcha de retorno", prevê manifestações e acampadas na fronteira durante seis semanas para exigir o "direito de retorno" de aproximação 700.000 palestinos expulsos de suas terras ou que fugiram durante a guerra que explodiu após a criação do Estado de Israel em 14 de maio de 1948.
Israel, que considera o Hamas um movimento terrorista, afirma que seus soldados dispararam somente por necessidade contra manifestantes que tentaram voltar para seu território e para impedir ataques.