Tóquio 2020: procuradoria de Tóquio e o Comitê Olímpico do Japão não quiseram comentar a reportagem (Toru Hanai/Reuters)
Reuters
Publicado em 8 de fevereiro de 2017 às 12h15.
Tóquio - Procuradores de Tóquio interrogaram o presidente do Comitê Olímpico do Japão por pagamentos suspeitos feitos a uma empresa de consultoria de Cingapura durante a campanha da capital japonesa para sediar os Jogos de 2020, relatou a agência de notícias Kyodo nesta quarta-feira.
O interrogatório de Tsunekazu Takeda, que comandou a campanha bem-sucedida, e de várias outras pessoas envolvidas na candidatura foi voluntário e realizado a pedido de autoridades da França, segundo a Kyodo. Takeda e os outros negaram ter feito algo ilegal, disse a agência.
A procuradoria de Tóquio e o Comitê Olímpico do Japão não quiseram comentar a reportagem quando foram contactados pela Reuters.
No ano passado, procuradores franceses anunciaram uma investigação sobre mais de dois milhões de dólares de pagamentos feitos pelo comitê da campanha japonesa à consultoria Black Tidings.
A Black Tidings é comandada por Ian Tan Tong Hon, conhecido por ser amigo de Papa Massata Diack, filho de Lamine Diack, ex-dirigente de atletismo internacional acusado de corrupção.
As autoridades japonesas vêm repetindo que os pagamentos foram taxas de consultoria legítimas, e uma comissão incumbida pelo Comitê Olímpico de investigar o assunto confirmou em setembro.
Os organizadores da Tóquio 2020 vêm lidando com uma série de dores de cabeça, entre elas custos crescentes e pedidos de mudança de alguns locais de competição.
O clube de campo que irá sediar os torneios de golfe se tornou alvo de críticas por sua política de impedir que mulheres se tornem membros plenos da entidade, e um grupo de expositores está pedindo a Tóquio para encontrar um novo local para o centro de mídia dos Jogos em vez de usar o complexo que o grupo normalmente utiliza para suas feiras.