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Chefe de transição de Burkina Faso diz que devolverá o poder

O homem forte da transição no país africano, tenente-coronel Zida, disse que entregará o poder aos civis


	O tenente-coronel Isaac Zida, de Burkina Faso: Zida deu início ao processo de transição civil ontem
 (Joe Penney/Reuters)

O tenente-coronel Isaac Zida, de Burkina Faso: Zida deu início ao processo de transição civil ontem (Joe Penney/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 4 de novembro de 2014 às 12h26.

Ouagadougou  - O homem forte da transição em Burkina Faso, o tenente-coronel Zida, declarou nesta terça-feira ao rei dos Mossi, o mais influente líder tradicional do país, que "entregará o poder aos civis", indicou este último a um jornalista da AFP.

"Eles vieram nos dizer que eles vão entregar o poder aos civis. Nós os encorajamos a ir nessa direção. O país deve encontrar a tranquilidade e paz, a fim de seguir com o seu desenvolvimento", declarou o Mogho Naba em seu palácio após sua reunião com Zida.

Este último, cercado por meia dúzia de soldados, visitou Mogho Naba, muito respeitado pela maior comunidade de Burkina Faso, que o recebeu sentado em seu trono, ao lado do arcebispo Philippe Ouedraogo e do imã e Sana, o chefe da comunidade muçulmana.

Acompanhado de sua guarda militar, chegou em um grande utilitário preto e não quis fazer comentários após o encontro.

Ele deve se reunir às 11h45 (9h45 de brasília) com o presidente do Conselho Constitucional, que não fez nenhuma declaração desde o início da crise, apesar do anúncio pelos militares da suspensão da Constituição e da dissolução da Assembleia Nacional.

Zida deu início na segunda-feira ao processo de transição civil, dizendo que "o poder Executivo será liderado por um organismo de transição num quadro constitucional", e que "este corpo de transição será chefiado por uma pessoa designada por consenso por todos os atores da vida nacional".

Burkina Faso mergulhou em uma crise política após a queda do presidente Blaise Compaoré, derrubado por uma revolta popular após 27 anos no poder.

Na parte da tarde, Zida receberá líderes empresariais e sindicalistas, e visitará pacientes em dois hospitais, segundo um assessor de imprensa.

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