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Chefe de segurança da usina nuclear de Zaporizhzhya morre em ataque com carro-bomba

O chefe de segurança de Zaporizhzhya morreu em explosão em frente à sua casa, na cidade de Energodar

Zaporizhzhya: maior usina nuclear da Europa enfrenta tensões e ataques, segundo a Rússia (Getty Images)

Zaporizhzhya: maior usina nuclear da Europa enfrenta tensões e ataques, segundo a Rússia (Getty Images)

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 4 de outubro de 2024 às 11h51.

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Um dos chefes de segurança da central nuclear ucraniana de Zaporizhzhya, sob controle russo desde 2022, morreu nesta sexta-feira em um ataque com carro-bomba, conforme informou o Comitê de Instrução da Rússia (CIR). O incidente ocorreu em frente à casa da vítima, localizada na cidade de Energodar.

De acordo com um comunicado divulgado no Telegram, o ataque aconteceu no momento em que a vítima, identificada como Andrei Korotky, sentou-se ao volante de seu carro. “Quando o homem sentou-se ao volante do carro, (o dispositivo) explodiu”, informou o Comitê. Korotky chegou a ser levado ao hospital, mas não resistiu aos ferimentos graves.

Investigação e acusações

Após o ataque, o CIR abriu um processo criminal por homicídio e iniciou uma operação de busca para capturar os autores do ato. Korotky havia chefiado a assembleia municipal de Energodar e era responsável pela segurança da usina nuclear de Zaporizhzhya, a maior da Europa. A região foi anexada pela Rússia em setembro de 2022, mas o Exército russo não possui controle total sobre a área.

Yuri Chernichuk, diretor da usina, classificou o ataque como um "ato terrorista horrível e desumano". Ele acrescentou que “os responsáveis por garantir a segurança de uma instalação nuclear não devem ser alvos de violência”, referindo-se à gravidade da situação para a segurança nuclear.

Tensões e riscos em Zaporizhzhya

Segundo autoridades russas, Kiev já havia atacado funcionários ligados à usina nuclear de Zaporizhzhya em ocasiões anteriores. Moscou também acusa o Exército ucraniano de realizar ataques contra a usina com drones e projéteis de artilharia, alegações que Kiev nega categoricamente.

A situação na usina de Zaporizhzhya tem sido acompanhada de perto pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), que já alertou diversas vezes sobre o risco de um ataque direto às instalações nucleares. Recentemente, o alerta da AIEA também incluiu as instalações de Kursk, uma região parcialmente controlada pela Ucrânia.

Consequências de um ataque a instalações nucleares

Um ataque direto à usina de Zaporizhzhya representaria uma grave ameaça não apenas para a Ucrânia, mas para toda a Europa. A AIEA tem insistido na necessidade de manter a segurança das instalações nucleares em zonas de conflito, ressaltando o risco de uma catástrofe de grandes proporções.

A tensão na região segue alta, e ações terroristas como essa aumentam a instabilidade ao redor da usina, o que reforça os apelos internacionais por maior controle e monitoramento sobre as instalações.

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