Hackers: Dan Coats comparou os ataques cibernéticos diários às "atividades alarmantes" que agências de inteligência detectaram antes do ataque de 11 de setembro (supershabashnyi/Thinkstock)
Reuters
Publicado em 13 de julho de 2018 às 18h04.
Washington - O chefe de inteligência dos Estados Unidos alertou nesta sexta-feira que a ameaça de um ataque cibernético devastador sobre a infraestrutura crítica dos Estados Unidos estava crescendo, dizendo que as "luzes de aviso estão piscando de novo" quase duas décadas após os ataques de 11 de setembro de 2001.
Rússia, China, Irã e Coreia do Norte estão lançando ataques cibernéticos diários nas redes de computadores das agências governamentais federais, estaduais e municipais, corporações e instituições acadêmicas dos EUA, disse o diretor de Inteligência Nacional, Dan Coats.
Dos quatro, "a Rússia tem sido o ator estrangeiro mais agressivo, sem dúvida", disse.
Coats falou pouco depois de o Departamento de Justiça dos EUA ter anunciado a acusação de 12 oficiais russos de inteligência militar por invadirem os computadores da campanha presidencial de 2016 de Hillary Clinton e organizações do Partido Democrata.
A acusação e os comentários de Coats ocorrem três dias antes de o presidente norte-americano, Donald Trump, se encontrar com o presidente russo, Vladimir Putin, na primeira cúpula oficial de Trump com Putin.
O encontro começará com conversas individuais entre os dois líderes, nos quais Trump disse que levantará a avaliação de inteligência dos EUA de que a Rússia usou ataques cibernéticos e outros meios para interferir na eleição de 2016, uma acusação que Moscou nega.
Coats alertou que a possibilidade de um "ataque cibernético em nossa infraestrutura crítica" por um ator estrangeiro está crescendo.
Ele comparou os ataques cibernéticos diários às "atividades alarmantes" que as agências de inteligência dos EUA detectaram antes da Al Qaeda realizar o ataque terrorista mais devastador contra os EUA em 11 de setembro de 2001.
A China, disse Coats, tem como principal objetivo roubar segredos militares e industriais e possui "recursos que talvez a Rússia não tenha". Mas ele disse que Moscou pretende minar os valores dos EUA e as instituições democráticas.