Entrada do presídio Cordillera, onde se encontram os militares condenados por crimes contra os direitos humanos (Claudio Santana/AFP)
Da Redação
Publicado em 28 de setembro de 2013 às 17h25.
Santiago - Um general aposentado que liderou um órgão de inteligência e repressão durante a ditadura de Augusto Pinochet, no Chile, se suicidou em sua casa na capital chilena enquanto desfrutava do benefício de passar o fim de semana livre, informou neste sábado seu advogado.
Odlanier Mena, de 87 anos, ex-diretor da Central Nacional de Informações (CNI), era um dos acusados de violações dos direitos humanos que serão transferidos da Penal Cordillera, uma prisão luxuosa em Santiago, para um local mais modesto, por decisão recente do presidente Sebastián Piñera.
Mena "estava em um estado de saúde muito delicado", disse seu advogado, Jorge Balmaceda. "Seu deslocamento significaria que ele não poderia ter os cuidados de saúde de que necessitava", acrescentou.
O militar se tornou em 1977 o primeiro diretor da CNI, depois que Pinochet decidiu dissolver a polícia secreta conhecida como DINA, e ocupou o cargo por mais de dois anos.
Mena cometeu suicídio atirando na cabeça com uma arma de sua propriedade, segundo a polícia.