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Chefe da ONU recomenda levar Coreia do Norte à Justiça

Comissária da ONU para Direitos Humanos fez um chamado às potências para que encaminhem o país à promotoria do Tribunal Penal Internacional


	Líder da Coreia do Norte Kim Jong-un: chefes e possivelmente até o próprio líder supremo deveriam ser levados à justiça internacional por ordenarem tortura sistemática
 (KCNA/Reuters)

Líder da Coreia do Norte Kim Jong-un: chefes e possivelmente até o próprio líder supremo deveriam ser levados à justiça internacional por ordenarem tortura sistemática (KCNA/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 18 de fevereiro de 2014 às 20h51.

Genebra - A comissária da ONU para Direitos Humanos, Navi Pillay, fez um chamado às potências mundiais nesta terça-feira para que encaminhem a Coreia do Norte à promotoria do Tribunal Penal Internacional (TPI), depois da divulgação de um relatório da organização documentando crimes contra a humanidade no país.

Chefes do setor de segurança norte-coreanos e possivelmente até o próprio líder supremo do país, Kim Jong-un, deveriam ser levados à justiça internacional por ordenarem tortura sistemática, fome e matanças comparáveis às atrocidades do tempo do nazismo, disseram investigadores da ONU na segunda-feira.

"Nós precisamos agora de uma forte liderança internacional para agir em relação às graves descobertas da Comissão de Inquérito. Portanto, peço à comunidade internacional, em conformidade com as recomendações do relatório, que use todos os mecanismos à sua disposição para garantir a responsabilização, incluindo o encaminhamento ao Tribunal Penal Internacional", disse Navi em um comunicado emitido em Genebra.

Os investigadores independentes da ONU, liderados por Michael Kirby, recomendaram que a organização encaminhe o caso da Coreia do Norte ao TPI, com sede em Haia, ou estabeleça um tribunal especial.

O Conselho de Direitos Humanos da ONU, órgão formado por 47 Estados membros, que deu início à investigação um ano atrás, deve realizar um debate sobre o relatório em 17 de março e votar suas recomendações em 28 de março.

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