Canal da Mancha: o avião que levava o jogador Emiliano Sala e o piloto David Ibbotson desapareceu no dia 21 de janeiro (AAIB/Reuters)
EFE
Publicado em 5 de fevereiro de 2019 às 11h22.
Paris - O chefe da equipe privada que faz as buscas pelo atacante argentino Emiliano Sala e o piloto David Ibbotson, pediu nesta terça-feira que o avião em que ambos viajavam seja retirado do fundo do Canal da Mancha, onde foi localizado.
"É caro, mas, o que importa o dinheiro, diante do desejo das duas famílias", afirmou David Mearns, responsável pela operação, em entrevista publicada no jornal francês "L'Équipe".
Segundo o chefe da equipe de buscas, a retirada dos corpos dos destroços poderá ajudar nas investigações. Além disso, lembrou que, se os parentes já não têm mais esperanças de encontrar Sala e Ibbotson com vida, seria uma forma de aliviar a dor de todos.
A partir de um financiamento privado, que permitiu a continuidade da procura pelo avião, que sumiu do radar em 21 de janeiro, a equipe de Mearns utilizou um barco de 19 metros, na região do Canal da Mancha próxima a ilha anglo-normanda de Guernsey.
A partir do uso de um sonar, foi possível encontrar a aeronave, quase intacta. Na sequência, um equipamento submarino fez imagens dos destroços e identificou um dos corpos.
De acordo com Mearns, durante três dias, as autoridades britânicas irão trabalhar na região, para obter elementos e, nesse período, decidir se será necessário retirar o avião.
"É uma operação delicada, contudo, possível. Já se recuperaram aviões em águas mais profundas", explicou o chefe da equipe privada.
Ontem, o Departamento de Investigação de Acidentes Aéreos do Reino Unido (AAIB) divulgou que deverá publicar um relatório provisório sobre a tragédia daqui duas semanas, aproximadamente.
Emiliano Sala viajava para Cardiff onde se apresentaria a nova equipe, de mesmo nome e que disputa a primeira divisão do Campeonato Inglês. O jogador havia sido contratado junto ao Nantes por 15 milhões de libras (R$ 71,9 milhões).