Jay Y. Lee, chefe da Samsung: Ministério Público sul-coreano acusou Lee, de 48 anos, de pagar subornos num total de 43 bilhões de wons (36,55 milhões de dólares) (SeongJoon Cho/Bloomberg)
Reuters
Publicado em 17 de janeiro de 2017 às 10h10.
Seul - O chefe da gigante sul-coreana Samsung enfrentará um longo dia no tribunal na quarta-feira, quando um juiz decide se ele deve ser preso por suborno em um escândalo de corrupção que envolveu a administração da presidente Park Geun-hye.
Investigadores questionaram Jay Y. Lee por 22 horas na semana passada como suspeito no escândalo que levou o Parlamento a aprovar o impeachment de Park.
Park, de 64 anos, permanece no cargo, mas foi destituída de seus poderes, enquanto o Tribunal Constitucional decidiu fazer dela o primeiro líder democraticamente eleito do país a ser forçado a deixar o cargo.
Ela provavelmente será submetida a um questionamento "cara-a-cara" no início do próximo mês, disse o porta-voz do promotor especial.
O Ministério Público acusou Lee, de 48 anos, de pagar subornos num total de 43 bilhões de wons (36,55 milhões de dólares) a organizações ligadas a Choi Soon-sil, amiga da presidente que está no centro do escândalo, para assegurar a fusão em 2015 de duas unidades do conglomerado e cimentar seu controle do negócio familiar.
Lee, que negou o delito, também é acusado de desfalque e perjúrio. O advogado de Lee não pôde ser contatado para comentar nesta terça-feira.
"A análise do juiz de um suspeito normalmente termina em 30 minutos, no mínimo, mas pode demorar mais de duas horas para assuntos complicados, o que provavelmente será o caso", disse o oficial do tribunal.
"Depois da análise, o juiz volta ao seu gabinete para rever os registros e provas e argumentos deliberados da parte da acusação e do lado do suspeito", disse o funcionário, que se recusou a ser identificado devido à sensibilidade do assunto.
"Uma decisão final é mais provável de ser feita na madrugada de quinta-feira, pois há toneladas de registros, provas e muitas coisas para rever."