Egito: a tensão em Port Said é palpável desde que, em janeiro, 21 acusados, sobretudo torcedores do clube de futebol local, foram condenados à pena de morte. (REUTERS/Amr Abdallah Dalsh)
Da Redação
Publicado em 8 de março de 2013 às 17h58.
O ministro do Interior egípcio, Mohamed Ibrahim, destituiu nesta sexta-feira o comandante da polícia antimotins após os movimentos de greve das forças de segurança, que se queixam de estarem mal-equipadas para controlar as violentas manifestações.
O ministro do Interior nomeou um novo comandante das forças de segurança central (antimotins), depois que "vários empregados destas forças organizaram importantes manifestações nas últimas 48 horas para exigir sua retirada dos conflitos políticos", segundo a agência oficial Mena.
Um manifestante morreu na quinta-feira à noite em confrontos com a polícia em Port Said, no nordeste do Egito, o que levou o ministério do Interior a ordenar que a polícia saísse de seu quartel-general para apaziguar as tensões e confiar ao exército a tarefa de garantir a segurança deste edifício, atacado diversas vezes.
Port Said foi palco de confrontos na noite de quinta-feira, pouco antes da divulgação, no sábado, do veredicto da segunda parte do julgamento sobre uma tragédia ocorrida há um ano na cidade.
A tensão em Port Said é palpável desde que, em janeiro, 21 acusados, sobretudo torcedores do clube de futebol local, foram condenados à pena de morte ao serem declarados responsáveis pela morte de 70 pessoas após uma partida no ano passado contra uma equipe do Cairo.
Após esta sentença, cerca de quarenta pessoas morreram em confrontos com as forças de segurança.