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Chefe da ONU condena eleição separatista na Ucrânia

Ban Ki-moon que a votação de domingo violaria a Constituição do país

Separatista pró-Rússia patrulha região de Makiivka, nos arredores de Donetsk, no leste da Ucrânia, nesta quarta-feira (Maxim Zmeyev/Reuters)

Separatista pró-Rússia patrulha região de Makiivka, nos arredores de Donetsk, no leste da Ucrânia, nesta quarta-feira (Maxim Zmeyev/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 29 de outubro de 2014 às 16h49.

Nações Unidas - O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, condenou nesta quarta-feira a eleição que está sendo organizada pelos separatistas pró-russos no leste da Ucrânia, dizendo que a votação violaria a Constituição do país.

A eleição marcada para 2 de novembro seria uma resposta às eleições nacionais ucranianas realizadas no último domingo, na qual venceram partidos pró-Ocidente, dedicados a manter a antiga república soviética intacta e encontrar uma solução negociada ao conflito.

"O secretário-geral lamenta o plano de grupos rebeldes armados no leste da Ucrânia realizar as suas próprias 'eleições' no dia 2 de novembro, em violação à Constituição e à lei nacional", disse o porta-voz de Ban, Stephane Dujarric, em nota oficial.

"Tais 'eleições' vão prejudicar seriamente o Protocolo e o Memorando de Minsk, que precisam ser implementados urgentemente na íntegra", acrescentou.

"O secretário-geral pede a todos que defendam esses acordos e trabalhem para encontrar uma solução pacífica ao conflito." Ele disse que era importante restaurar a estabilidade e garantir a soberania e integridade territorial da Ucrânia.

A Rússia, contudo, já disse que vai reconhecer o resultado das eleições, em uma ação que o governo central de Kiev disse que poderia destruir qualquer chance terminar o conflito.

A disputa sobre a eleição dos rebeldes aprofundou a discórdia no conflito geopolítico entre a Rússia e o Ocidente sobre o futuro da Ucrânia, iniciado pela retirada do poder pelos manifestantes do presidente do país aliado de Moscou em fevereiro.

Moscou apoia os rebeldes, mas nega que as suas tropas têm alguma participação nos confrontos contra as forças do governo que mataram mais de 3.700 pessoas.

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