Mundo

Chefe da ONU adverte que "não há fim à vista" para o coronavírus

Declaração foi feita após o mundo atingir o patamar de 1 milhão de mortes por coronavírus nesta segunda-feira, 28

Antonio Guterres: chefe da ONU disse que a pandemia pode ser superada com uma liderança responsável, cooperação e ciência (Mike Segar/Reuters)

Antonio Guterres: chefe da ONU disse que a pandemia pode ser superada com uma liderança responsável, cooperação e ciência (Mike Segar/Reuters)

Mariana Martucci

Mariana Martucci

Publicado em 29 de setembro de 2020 às 20h58.

Última atualização em 29 de setembro de 2020 às 21h32.

O chefe da ONU, Antonio Guterres, advertiu que "não há fim à vista" para o coronavírus após o mundo ter atingido 1 milhão de mortes pela doença nesta segunda-feira, 28.

O secretário-geral das Nações Unidas chamou o fato de "um marco agonizante", advertindo que "não há fim à vista para a propagação do vírus, a perda de empregos, a interrupção da educação, a reviravolta em nossas vidas".

Os Estados Unidos seguem sendo o país com mais mortes, tendo superado o patamar de 204.000 vítimas nesta semana. O Brasil vem logo atrás, com mais de 141.000 mortes pela covid-19, a doença causada pelo vírus.

 

 

“A dor foi multiplicada pela selvageria desta doença. Os riscos de infecção mantiveram as famílias separadas. E o processo de luto e celebração de uma vida muitas vezes se tornava impossível", acrescentou o secretário em uma publicação feita em sua conta no Twitter.

Ainda assim, disse que a pandemia pode ser superada com uma liderança responsável, cooperação e ciência, além de cuidados como distanciamento social e uso de máscaras faciais. Ele disse que qualquer vacina deverá estar "disponível e acessível a todos".

Após um longo tempo de exposição da humanidade à doença, que teve os primeiros registros feitos em Wuhan, na China, alguns lugares conseguiram desacelerar sua curva de contágio.

Ainda assim, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que o número de vítimas fatais do coronavírus ainda pode dobrar, chegando a 2 milhões de mortes antes que se descubra uma vacina.

O coronavírus ainda cresce de forma exponencial. Desde a primeira morte por covid-19, em 22 de janeiro na China, o mundo levou três meses para registrar 10.000 vítimas, o que só aconteceu em meados de março.

Depois, o número cresceu dez vezes em menos de um mês, e já em abril a marca chegava a 100.000 mortes. As 500.000 mortes vieram em junho, pouco mais de dois meses depois, até chegarmos ao 1 milhão neste mês de setembro.

O número de mortes vem conseguindo se manter relativamente constante apesar do crescimento do número de casos diários — que quase dobrou nos últimos meses, de cerca de 90.000 por dia em abril para mais de 240.000 recentemente.

A taxa de mortalidade menor se deve a avanços como a redução da ocupação dos leitos de UTI — no começo da crise, muita gente morreu por falta de hospital — e ao avanço da medicina no tratamento. Foram descobertas formas melhores de entubar e evitar crises respiratórias os pacientes, embora ainda não haja um remédio capaz de aniquilar o vírus como acontece com outras doenças.

Acompanhe tudo sobre:CoronavírusONUPandemiaSaúdevacina contra coronavírusVacinas

Mais de Mundo

'É engraçado que Biden não perdoou a si mesmo', diz Trump

Mais de 300 migrantes são detidos em 1º dia de operações sob mandato de Trump

Migrantes optam por pedir refúgio ao México após medidas drásticas de Trump

Guerra ou acordo comercial? Gestos de Trump indicam espaço para negociar com China, diz especialista